Análise: Diniz reforça a defesa, colhe resultados no ataque e vê São Paulo reagir à pressão

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues

Vitória sobre o Atlético-GO acaba com sequência de sete jogos sem vencer.

Era nítido há alguns jogos que o São Paulo precisava de mudanças urgentes no sistema defensivo. Em pelo menos três entrevistas coletivas seguidas, Fernando Diniz falou sobre os problemas, mas nada fazia para mudar. Já eram dez jogos consecutivos sofrendo gols.

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A quarta-feira chegou com o jogo de maior pressão sobre o treinador desde que assumiu o comando do Tricolor, em setembro do ano passado. E junto dele, as tão esperadas mudanças de Diniz. Afinal, uma derrota poderia custar a demissão. Decisão suspensa com a vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-GO.

Contra o time goiano, Fernando Diniz reforçou a zaga: tirou Léo, de 24 anos, e colocou a experiência de Bruno Alves, de 29. Na entrada da área, tirou o versátil Tchê Tchê e colocou o “destruidor” Luan, primeiro volante típico.

Luan em ação pelo São Paulo contra o Atlético-GO — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Luan em ação pelo São Paulo contra o Atlético-GO — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

As alterações surtiram efeito na defesa, e o São Paulo colheu esses frutos no ataque. Isso porque com a defesa sólida, a equipe ficou mais solta do meio para frente.

Luan foi uma xerifão no meio de campo. Como se diz no linguajar do futebol, o volante foi uma “carniça” na marcação dos adversários e deixou os meias de armação livres para atuar.

Gabriel Sara, então, brilhou. O jovem meia, revelado nas categorias de base, soube aproveitar bem a liberdade para jogar mais perto do ataque e desequilibrou a partida – vale lembrar que com Tchê Tchê, Sara precisava recompor a segunda linha de marcação.

Gabriel Sara em jogo do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Gabriel Sara em jogo do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

No primeiro gol do São Paulo, o meia recebeu pela direita, ajeitou para a perna esquerda e cruzou em direção ao gol. A bola desviou no zagueiro do Atlético-GO e confundiu o goleiro, que espalmou nós pés de Brenner.

O segundo gol foi do próprio Gabriel Sara. O jogador de 21 anos carregou a bola pelo meio, chegou na intermediária e deu um belo chute no canto. Mostrou personalidade e que as críticas dos torcedores em um passado recente foram absorvidas.

No terceiro, nova participação efetiva do garoto. Desta vez pelo lado direito do campo, ele recebeu passe de Tchê Tchê, invadiu a área e cruzou para Brenner, novamente, fechar o placar.

As mudanças no sistema de jogo deram uma nova cara ao São Paulo, mais marcador e mais sólido em suas transições ao ataque. Pode ser apenas um lampejo de um jogo contra um adversário que irá brigar do meio da tabela para baixo, mas já demonstrou que há outras formas de se explorar o elenco são-paulino.

A série de dez jogos consecutivos sofrendo gols acabou. Com ela, o fim de um jejum de sete jogos sem vitória. Em sua montanha-russa de jogos bons e ruins, o São Paulo enfrenta o Palmeiras neste sábado, às 19h, no Allianz Parque, com mais tranquilidade e a esperança de, enfim, ter encontrado uma solução para os seus diversos problemas dentro e fora de campo.

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