GazetaEsportiva
Cansado da alta incidência de gols do São Paulo na temporada, o técnico Fernando Diniz resolveu promover mudanças na defesa da equipe após o empate em 1 a 1 com o Bahia, no dia 20 de agosto. Mas, desde então, o desempenho defensivo do Tricolor acabou piorando ainda mais, embora os novos integrantes da zaga contem com a aprovação da torcida.
Com Bruno Alves e Arboleda na defesa, o São Paulo disputou 15 jogos em 2020 e sofreu 15 gols, uma média de um por partida. No entanto, as exibições da equipe após a paralisação dos campeonatos devido à pandemia assustaram Fernando Diniz. Logo no primeiro jogo, contra o Red Bull Bragantino, no Morumbi, o Tricolor sofreu três gols. Em seguida, nas quartas de final do Paulistão, o time acabou eliminado novamente sofrendo três tentos.
Mesmo com esses tropeços consideráveis que desencadearam a fúria de grande parte da torcida e críticas da imprensa, Diniz manteve Arboleda e Bruno Alves como dupla de zaga, reforçando sua confiança na dupla que terminou 2019 como melhor defesa do Brasileirão. O problema é que contra o Vasco, em São Januário, logo na terceira rodada do campeonato nacional, o sistema defensivo voltou a apresentar problemas, sofrendo dois gols infantis, além da dificuldade na saída de bola.
O estopim para o comandante são-paulino foi após o empate em 1 a 1 com o Bahia, no Morumbi, resultado que só foi possível graças à falha grotesca do goleirão adversário, que, ao sair do gol para afastar o lançamento, não achou nada e viu a bola sobrar nos pés de Luciano. Daí em diante, Diego Costa, jovem revelado em Cotia, e Léo, lateral-esquerdo de origem, desbancaram dois dos atletas mais conceituados do elenco.
No início, até deu certo. Vitória sobre o Sport, fora de casa, e Athletico-PR sem sofrer gols. Depois, contra o Corinthians, mais uma boa atuação da jovem dupla de zaga, que sofreu um gol, é verdade, mas conseguiu conter o ataque alvinegro liderado pelo experiente Jô.
Porém, do Majestoso em diante o São Paulo não conseguiu mais sair de campo sem Tiago Volpi ser vazado. Em 11 jogos com o novo sistema defensivo, que passou a contar também com Igor Vinícius na vaga de Juanfran na lateral direita, a equipe sofreu 17 gols, uma média de mais de 1,5 gol por partida.
Neste domingo, contra o Coritiba, fora de casa, o São Paulo tentará dar fim à sequência de seis jogos sem vitória e de nove jogos sem sofrer gols. Desafios que começam a tirar o sono do elenco, cada vez mais pressionado por bons resultados passadas as eliminações precoces desta temporada.
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