GazetaEsportiva
Pedro Nascimento
Um dos candidatos à presidência do Conselho Deliberativo do São Paulo é Marcelo Marcucci Portugal Gouvêa, que integra o grupo político “Nova Força” e é da mesma chapa de Roberto Natel, postulante ao cargo máximo do clube. Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, o conselheiro vitalício falou sobre os pontos positivos e negativos de ter sua imagem diretamente ligada a seu pai.
Marcelo Figueiredo Portugal Gouvêa foi presidente do Tricolor entre os anos de 2004 e 2006, período no qual o clube conquistou a Libertadores e o Mundial.
“Tem a parte que ajuda e tem a parte que definitivamente atrapalha. Eu tenho características pessoais muito parecidas com o meu pai. O principal acho que é o caráter. Quem conheceu o meu pai no dia a dia, sabe que ele era respeitado pelo funcionário, pelo torcedor, pelo jogador, por todos aqueles que fazem parte do meio. Porque ele tratava todo mundo de forma igual. Eu tenho essa mesma característica dele, então acho que tenho o caminho andado em relação a isso”, afirmou o candidato.
“Com certeza o lado ruim é a responsabilidade que vou ter, obviamente associam o nome e você acaba tendo uma responsabilidade muito grande. Esperam que você faça coisas parecidas com o que ele fez, e ele fez muitas coisas. O degrau está muito alto para quem sabe chegar perto ou ultrapassar. Só vou conseguir desassociar (a imagem) com o trabalho, com as pessoas me conhecendo”, completou.
Durante o papo, Marcelo comentou sobre sua intenção de tornar o Conselho Deliberativo do São Paulo mais transparente. Uma de suas propostas é viabilizar a transmissão de reuniões do órgão para que os torcedores possam acompanhar as discussões sobre pautas relevantes do clube.
“Eu vou querer que a reunião seja transmitida e não só que o vídeo seja disponível, mas que as pessoas possam assistir ao vivo. Quando eu falo ‘vou querer’, é uma intenção minha, que vou defender com os membros estatutários para tentar implementar. Não há uma permissão para transmissão, mas também não há nenhuma proibição”, pontuou Gouvêa.
“Também divulgar tudo o que possa ser divulgado, quando não falem sobre algo confidencial que atrapalha uma questão comercial”, adicionou.
Por fim, Marcelo ainda se declarou favoravelmente à abertura do processo eleitoral do São Paulo, com a inclusão de sócios entre os votantes. No momento, apenas conselheiros elegem o nome que ocupará o cargo máximo do clube, enquanto os sócios do clube social participam da escolha do presidente do Conselho Deliberativo.
“Sou defensor de abrir mais o sistema. O melhor formato tem que ser estudado, obviamente não vai chegar no dia seguinte e dizer ‘vou abrir, todo mundo vai votar’, mesmo porque acredito que a próxima gestão vai reformar a questão do sócio-torcedor, então precisa entender como serão os planos, as periodicidades, mas com certeza precisa ser aberto”, garantiu Marcelo.
“Isso é o principal diferencial que vi até agora dos dois planos de governo. O Roberto Natel defende, assim como todo o seu grupo, o voto direto do sócio e também se criando uma situação de um novo sócio que também votaria direto”, finalizou.
A eleição que definirá o novo presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo ocorrerá em novembro deste ano, um mês antes do pleito presidencial.
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