Fim do jejum de títulos e R$ 35 milhões: o que vale para o São Paulo jogar a Sul-Americana

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GloboEsporte

Vaga no torneio é único objetivo para time de Diniz em rodada final da Libertadores.

O São Paulo entra em campo na noite desta terça-feira, no Morumbi, às 21h30 (de Brasília) para enfrentar o Binacional, do Peru, não só pela própria dignidade, mas também para garantir uma vaga na disputa da Copa Sul-Americana, algo que só um desastre quase tão grande quanto ser eliminado na fase de grupos da Libertadores pode evitar.

Aos donos da casa basta um empate qualquer para se garantir na segunda fase da Copa Sul-Americana, um prêmio de consolação aos oito times que terminam em terceiro lugar em cada um dos oito grupos da Libertadores – e, portanto, estão fora das oitavas de final do torneio.

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O São Paulo já não tem mais chance de avançar para o mata-mata da competição em que é tricampeão. A equipe fez péssima campanha e tem, em cinco jogos, apenas quatro pontos, frutos de uma vitória sobre a LDU e um empate com o River Plate, ambos no Morumbi.

Diante desse panorama e do desgaste de jogadores do elenco, Fernando Diniz vai poupar atletas e mudar o time titular. Arboleda deverá ser uma das novidades na equipe.

Fernando Diniz pode poupar titulares na Libertadores — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Fernando Diniz pode poupar titulares na Libertadores — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Nesta última rodada, enfrenta um dos piores times da Libertadores, mas que conquistou todos os seus números positivos no campeonato justamente contra o São Paulo.

O Binacional tem só uma vitória e dois gols a favor, tudo graças ao triunfo por 2 a 1, ainda na primeira rodada, sobre o São Paulo – única equipe a perder pontos para os peruanos, que depois foram goleados por River e LDU.

Ao São Paulo cabe uma justificativa de ter atuado como visitante em Juliaca, nos Andes peruanos, ao contrário de argentinos e equatorianos, que só enfrentaram o Binacional após a paralisação causada pela pandemia de Covid-19, quando os anfitriões tiveram que jogar em Lima, ao nível do mar, por precauções sanitárias.

Para um clube em crise financeira e na fila de títulos há oito anos, a Copa Sul-Americana pode ser uma alternativa atrativa para o final desta temporada – o torneio é o justamente o último que o São Paulo venceu, em 2012.

Caso confirme participação, o São Paulo entrará na segunda fase da Copa Sul-Americana, onde já estão 22 clubes que avançaram da primeira fase, sendo Vasco e Bahia outros representantes do Brasil. A eles se juntarão os oito terceiros colocados da Libertadores, além de Atlético Tucumán e Tolima, os de melhor campanha entre os times que foram eliminados ainda na fase preliminar da Libertadores.

Neste bolo há poucas equipes de grande tradição continental. Apenas Vasco, Independiente, Atlético Nacional e Vélez Sarsfield já foram campeões da Libertadores.

Binacional só tem uma vitória e dois gols na Libertadores: tudo contra o São Paulo — Foto: EFE/José Sotomayor Jiménez

Binacional só tem uma vitória e dois gols na Libertadores: tudo contra o São Paulo — Foto: EFE/José Sotomayor Jiménez

Na segunda fase, assim como em todas as outras, os confrontos são eliminatórios, com jogos de ida e volta – a exceção é a final, em partida única. Os duelos serão sorteados na sexta-feira.

A premiação também não deve ser desprezada – ainda que bem menor do que a da Copa do Brasil, por exemplo, que chega a R$ 72 milhões.

Se for campeão, o São Paulo receberá US$ 6,275 milhões, o equivalente a R$ 35 milhões no câmbio atual.

Além disso, a Copa Sul-Americana é mais um porta de classificação para a Libertadores do ano que vem, já que dá vaga ao campeão no principal torneio do continente.

Nesta semana, o São Paulo pensa também no duelo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Fortaleza, marcado para domingo – empate em 3 a 3 na ida.

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