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Quatro dias depois de o Ministério Público de São Paulo (MPSP) ter solicitado o arquivamento do inquérito que apura se presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Marcelo Abranches Pupo Barbosa, cometeu crime de falsidade ideológica, a juíza de Direito Celina Maria Macedo Stern, do Departamento de Investigações Policiais (DIPO 3), do Foro Central Criminal da Barra Funda, determinou que seja aberta vista ao Ministério Público para que se manifeste sobre a petição juntada pelo conselheiro Denis Ormrod.
Uma das alegações da promotora de justiça Margareth Ferraz França para o arquivamento foi o de que Denis, mesmo intimado a depor, não compareceu à 34ª Delegacia de Polícia. “Em virtude disso, restou-se frágil o conjunto probatório até este momento coligido”, escreveu a promotora Nesta segunda-feira (26), Denis pediu o retorno dos autos para Delegacia de Polícia para que ele seja ouvido. Na petição, ele argumenta que compareceu ao 34º DP duas semanas antes de ser intimado. E foi informado que não seria possível a realização da oitiva naquele momento pois a delegada titular do inquérito não estaria disponível naquele momento, devendo aguardar o encaminhamento de intimação.
Quando foi intimado, porém, ele não pôde comparecer por estar fora de São Paulo. E, segundo a defesa de Denis, foi garantido a ele pela autoridade policial que haveria uma nova intimação para que o depoimento fosse realizado. O que não aconteceu, sendo o inquérito arquivado na semana passada. Segundo a defesa do conselheiro, o judiciário foi induzido a erro. Por isso, de acordo com os advogados de Denis, é preciso que ele seja intimado a depor. A briga é antiga. No ano passado, Denis tentou destituir o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, por estourar o orçamento do clube.
Além das gravações das reuniões do Conselho Deliberativo, Denis pede que o órgão apresente os contratos de jogadores contratados pelo clube, como Daniel Alves, Juanfran, Vitor Bueno e outros que nem estão mais no São Paulo, como Nenê, Diego Souza e Calazans, entre outros, para apurar o pagamento de comissões que possam ter lesado os já combalidos cofres do Tricolor. Em seu depoimento no fim de junho ao delegado Higino Gregório, no 34º DP, Marcelo Pupo negou as acusações, disse que a suposta falsidade que Denis aponta não diz respeito a nenhuma ata, mas sim a minutas sujeitas à aprovação e acusa Denis de fazer isso para fins exclusivamente políticos dentro do São Paulo.
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