São Paulo deve ter pouco mais de dois meses com Raí e Lugano na diretoria

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UOL

Thiago Fernandes

Ídolos do São Paulo como jogadores, o executivo de futebol, Raí, e o superintendente de relações institucionais, Diego Lugano, estão próximos de um adeus ao Morumbi. Com o clube às vésperas de eleições presidenciais — o processo está previsto para dezembro —, a dupla não deve permanecer após a definição do futuro mandatário. Os dois candidatos não falam abertamente sobre a situação dos ex-atletas. Julio Casares ainda não definiu os profissionais que estarão à frente do departamento de futebol, mesmo que tenha boa relação com ambos. No entanto, segundo apurou o UOL Esporte, não deve contar com os ídolos em sua gestão.

Roberto Natel, por sua vez, já tem um nome decidido para comandar o futebol: o também conselheiro Marco Aurélio Cunha, conhecido como MAC, que também é próximo da dupla. O designado para o esporte é quem terá a responsabilidade de apontar subordinados para a gestão na pasta. Se qualquer um dos dois pensar na permanência de Raí no cargo, a decisão teria que ser aprovada pelo Conselho de Administração do clube, conforme previsto pela Estatuto Social do São Paulo.

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Com o futuro fora do Morumbi praticamente selado, a dupla se prepara para uma despedida até o fim da gestão presidencial de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. Eles têm mais dois meses à frente do futebol do time e dão os últimos passos no cargo. Raí chegou ao Morumbi em dezembro de 2017 a convite de Leco. À época, foi o escolhido para a vaga de Vinícius Pinotti. Esta é a segunda passagem de Raí à frente da diretoria. Em 2002, com o então presidente Marcelo Portugal Gouvêa, ficou por três meses no cargo de coordenador de futebol.

No segundo período como dirigente do São Paulo, o ídolo do clube sofreu com contestações internas e da torcida. Sem títulos no comando do futebol, deixará o Morumbi sem um legado palpável.

Diego Lugano não deve permanecer como dirigente do São Paulo em 2021 - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF

O mesmo acontece com Diego Lugano. Ícone na década passada por conquistar títulos como Libertadores, Mundial de Clubes e Brasileirão, assumiu vaga na diretoria em janeiro de 2018. A ideia, a princípio, era “representar o time e seus princípios fora do clube e difundir seus valores internamente, principalmente com atuação no departamento de futebol”.

O uruguaio, contudo, pouco acrescentou no Tricolor paulista. A principal atuação nos bastidores foi a contratação de Diego Aguirre. Porém, à época, não participou da demissão do técnico e perdeu força no departamento de futebol.

Sem fazer a diferença fora das quatro linhas, a dupla também pouco pode acrescentar no trabalho até o fim do mandato de Leco. Uma das esperanças é ver o time de Fernando Diniz, que conta com respaldo sobretudo de Raí, bater o Fortaleza, de Rogério Ceni, nas oitavas de final da Copa do Brasil 2020. Após o empate por 3 a 3 na ida, os times voltam a duelar no domingo (25), pelo jogo de volta.

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