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Rodrigo Coutinho
São 13 gols nos 11 últimos jogos! Desde que se tornou titular do São Paulo, o atacante Brenner contribuiu diretamente com ao menos quatro vitórias do Tricolor nos últimos 35 dias. Os 71 minutos em média em campo para marcar um gol têm oferecido um aproveitamento de chances criadas jamais visto nas equipes de Fernando Diniz.
O ”desabrochar” de Brenner em 2020 não é por acaso. Um estudo mais detalhado da forma como o jovem centroavante marcou os seus últimos 13 gols demonstra as técnicas de finalização, posicionamento dentro da área, e posição do corpo para definir rápido a jogada. A começar pelo fato de 76% desses tentos terem sido marcados com apenas um toque na bola, quatro deles finalizando cruzamentos rasteiros, e outros quatro pegando rebotes perto da meta.
Os trabalhos de Fernando Diniz no Athlético Paranaense, Fluminense, e no próprio São Paulo, tiveram uma semelhança em vários momentos. Os times apresentavam volume ofensivo, finalizavam mais do que os adversários, mas nem sempre conseguiam traduzir isso em chances claras e consequentemente em gols.
Os motivos? Entre eles certamente a ausência de movimentos coletivos mais bem ensaiados nas proximidades da área rival. Ataques à profundidade mais coordenados. Brenner vem compensando isso. Oferece essa possibilidade com suas diagonais entre os defensores, como no primeiro gol marcado contra o Flamengo, e senso de posicionamento dentro da área, como na grande maioria de seus últimos gols, se projetando entre o zagueiro e o lateral que defendem a segunda trave.
Outros pontos importantes no jogo do camisa 30 são o tempo certo para ”atacar” a bola nos cruzamentos e o posicionamento do corpo em relação a bola e a meta. Se coloca de uma forma que facilita a finalização com apenas um ”tapa” para marcar. Para que isso funcione, é determinante o potencial de finalização. Precisão, direcionamento e força equivalente para mandar a bola pro fundo da rede, coisas que ele já apresentava na base.
Brenner completou 20 anos em janeiro. Ainda está em processo de amadurecimento e o crescimento nesta temporada também tem relação com isso. A sequência de jogos na função em que se sente melhor, a confiança transmitida por Diniz, que inclusive já havia levado o atleta para o Fluminense em 2019, completam o contexto que faz dele um dos principais atacantes do Brasil pós-parada da pandemia. Ele é o grande ”facilitador” das coisas no São Paulo de hoje.
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