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Thiago Fernandes
O São Paulo tem um prazo de 48 horas após a publicação da súmula no sistema da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para solicitar a anulação do empate por 1 a 1 contra o Ceará por suposto erro de direito da arbitragem no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devido ao lance que culminou no impedimento de Pablo. Em meio ao tempo escasso, o clube ainda quer avaliar as imagens do VAR para decidir se fará a solicitação à entidade.
A súmula do duelo, que não relata o episódio, foi publicada às 22h29 (de Brasília) de ontem (25). O clube, portanto, tem até o mesmo horário de amanhã (27) para decidir sobre a ação no STJD. O departamento de futebol do São Paulo, liderado por Raí, pretende ir à CBF para analisar o vídeo e o áudio da jogada antes de ingressar com uma ação no STJD em que solicita a suspensão do compromisso, válido pela 16ª rodada do Brasileirão.
A cautela da diretoria é para se resguardar de tudo o que ocorreu no lance e evitar brechas em uma eventual defesa da arbitragem. Mesmo com pouco tempo hábil, a cúpula pretende enviar um representante à CBF para avaliação do caso. “A única certeza que a gente tem é que existiu um erro absurdo, um erro de direito. A gente vai buscar todos os questionamentos, gravações. Vamos, primeiro de tudo, saber o porquê de o VAR validar o gol e depois voltar atrás. A partida reiniciou, o que é um erro de direito. Isso mancha a arbitragem mais uma vez”, afirmou Raí, na noite de ontem (25).
Por entender que houve erro de direito, o dirigente acredita que se trata de um caso raro no futebol brasileiro. Por isso, Raí alega que não teve tempo hábil de traçar alternativas. “Como é um caso raro, não tivemos tempo de levantar todas as possibilidades. O que queremos é saber tudo o que aconteceu e buscar a regra do jogo. Tivemos um jogo contra o Atlético Mineiro lá em Minas, um erro reconhecido, e o jogo não voltou atrás. Agora, o jogo recomeça e voltam atrás. A gente vai até a última instância para buscar as consequências e ver o que pode fazer”, concluiu.
No episódio questionado pelo clube, o assistente Thiago Rosa de Oliveira (RJ) assinalou posição irregular de Pablo. No entanto, Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa/RJ) confirmou o gol ao ser instruído pelo VAR, comandado por Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ), com auxílio de William Machado Steffen (SC) e Daniel do Espirito Santo Parro (RJ). O problema é que o mesmo VAR se corrigiu e anulou o lance. No decorrer do processo que demorou quatro minutos e trinta e cinco segundos, o árbitro chegou a autorizar o reinício da partida com o gol do São Paulo validado.
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