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Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan
Veja como foi a entrevista do técnico do Tricolor após a vitória sobre o Flamengo e consequente classificação para as semifinais da Copa do Brasil; treinador também elogia a diretoria.
O técnico Fernando Diniz, do São Paulo, lembrou dos momentos de pressão sofridos e elogiou a diretoria, após a vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, nesta quarta-feira à noite, no Morumbi.
Classificado para as semifinais, o Tricolor enfrentará o Grêmio, nos dias 23 e 30 de dezembro. Os mandos ainda não foram definidos.
Renato Gaúcho, técnico do time gaúcho, é o mais longevo da Série A, e Fernando Diniz é o segundo (pouco mais de um ano no Morumbi).
– Não acho que vai mudar (a mentalidade do futebol brasileiro com técnicos). O Renato não está lá por ser longevo, está lá porque chegou e já ganhou. A Copa do Brasil, depois a Libertadores, depois chegou nas semifinais da Libertadores e venceu os estaduais. No São Paulo é um exemplo mais prático e assertivo que o Grêmio. Nesse ano aqui eu tive muitos momentos de pressão. Mas aí teve uma diretoria – disse Diniz.
– Ficamos cada vez mais juntos e fortes para que as coisas acontecessem. O São Paulo é um exemplo que quando tem algo que você acredita tem que manter. Não sou favorável que tem que ficar todo mundo. A escolha é o principal e depois você dá um suporte e dá um tempo razoável para acontecer. Não tem milagre. Tem trabalho – completou.
Fernando Diniz, do São Paulo, durante a vitória sobre o Flamengo — Foto: Miguel Schincariol
Diniz acredita que a maneira como internamente o clube lidou com as cobranças uniu mais os jogadores do São Paulo para agora viver esse momento.
– Os jogadores foram os mesmos e foram defendidos porque merecem. São os mesmos jogadores e estão sendo elogiados porque são bons. Quando perdeu, eles não eram ruins. Quanto ao momento do São Paulo, estamos caminhando para um grande momento. Estamos melhorando as relações. A coisa principal do time foi nos momentos agudos que a gente teve de pressão se unir cada vez mais e tirar o melhor de cada um e não o pior, como a norma sugeriria – disse.
– O normal era o time se destroçar e mudar tudo. Aquilo que tem no futebol brasileiro. No São Paulo a gente conseguiu criar mais laços mais fortes com a pressão que vinha de fora. Hoje o time responde bem no campo por conta daquilo que soube passar juntos nos momentos ruins. Um time mais junto, coeso, de jogadores que gostam de conviver juntos. E sabem que sempre tem que fazer o melhor.
Diniz também respondeu sobre se a classificação diante de um time forte como o Flamengo dá mais tranquilidade para a sequência do trabalho. No Brasileirão, o São Paulo é o terceiro colocado, com 36 pontos, e tem três jogos a menos.
– Eu não sei o tamanho do peso. Mas trabalhar no São Paulo, tem que trabalhar sob pressão. Nos momentos mais agudos de pressão soubemos nos unir, sabíamos o que queríamos e sabíamos a força que tínhamos. Isso vai diminuir a pressão externa, mas temos que trabalhar como trabalhamos até aqui. Ainda têm coisas para melhorar, tem um grande rival no domingo (Vasco, no Morumbi). É trabalhar bem para seguir bem nas duas competições – disse Diniz.
Em relação ao jogo contra o Flamengo, Diniz elogiou o trabalho defensivo do time. Depois de oito jogos seguidos sofrendo gols, o São Paulo saiu de campo ileso diante do Flamengo, que perdeu pênalti com Vitinho.
– O time marcou muito bem. Tivemos dificuldade no primeiro tempo, mas a defesa soube se portar muito bem. O time sabe marcar, mas é circunstancial, como no jogo contra o Fortaleza que sofremos na bola parada. Mas hoje na parte defensiva fizemos uma partida quase impecável.
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