GazetaEsportiva
Titular absoluto do técnico Fernando Diniz, Igor Gomes voltou a ser destaque pelo São Paulo na última quarta-feira, na vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, que selou a classificação tricolor à semifinal da Copa do Brasil. Como peça de desafogo no meio-campo, o jovem revelado em Cotia voltou a desempenhar aquele futebol que o tornou unanimidade entre os torcedores.
Igor Gomes começou a atual temporada muito bem, ajudando o São Paulo a ser apontado como favorito ao título do Campeonato Paulista. Porém, com a pandemia, as competições paralisaram e, ao retornar, o meia já não conseguiu ter o mesmo rendimento. Com atuações abaixo da média, o camisa 26 passou a ser criticado pela falta de futebol, muito por causa da eliminação nas quartas de final do Estadual para o Mirassol.
Com o início do Campeonato Brasileiro, Igor Gomes não conseguiu dar a volta por cima e acabou indo para a reserva. Foram cinco jogos entrando apenas no segundo tempo. Durante esse período, um de seus empresários, o renomado Vagner Ribeiro, chegou a detonar o técnico Fernando Diniz pela escolha de deixar seu atleta fora do time titular, situação que repercutiu muito mal internamente.
Determinado a ajudar na evolução dos garotos do elenco são-paulino, Fernando Diniz não foi diferente com Igor Gomes. Mesmo entre altos e baixos, o meia voltou ao time titular, foi bancado pelo treinador e, aos poucos, timidamente, começou a melhorar. O ápice da desta nova ascensão do camisa 26 aconteceu na última quarta-feira, quando mostrou personalidade em um jogo decisivo contra o Flamengo para ser fundamental tanto na construção das jogadas como também na marcação.
“Eu acho que o Igor [Gomes], além de ser um grande jogador, é um grande ser-humano, com uma família bem estruturada. Quando vive momentos não tão bons, para mim, é claro que ele iria voltar a jogar bem, porque é um menino que trabalha muito. O que a gente precisa saber é que as pessoas oscilam mesmo, todo mundo oscila. A gente tem um desejo de que as pessoas não sejam humanas, mas ninguém acerta o tempo todo”, disse Fernando Diniz.
“Quando oscila, ela não deixa de ser boa porque oscila. É assim que perdemos muitos jogadores bons aqui no Brasil. Esperamos que meninos de 18, 19, 20 anos respondam bem a momentos de pressão exagerada, mas quando não conseguem responder, jogamos muitos jogadores para segundo plano. Uma das coisas que temos que mudar no futebol brasileiro é isso. As pessoas vivem momentos ruins, todo mundo vive”, concluiu.
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