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Thiago Fernandes
O São Paulo montou uma estratégia para agir na questão referente à Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), presidida pelo ex-árbitro Leonardo Gaciba. O executivo de futebol, Raí, e o gerente do departamento, Alexandre Pássaro, têm a incumbência de debater o caso envolvendo o gol anulado de Pablo no empate por 1 a 1 com o Ceará, na última quarta-feira (25), em jogo adiado da 16ª rodada do Brasileirão.
Como o superintendente de relações internacionais Diego Lugano tem péssimo histórico com a arbitragem, a dupla é quem fica à frente dos embates com a entidade por possíveis erros de arbitragem. Eles, por exemplo, tentaram manter contato com a CBF ontem (26) para assistir ao vídeo e escutar o áudio do VAR no lance.
Leonardo Gaciba, contudo, ficou com o telefone celular desligado durante todo o dia, o que impossibilitou a dupla de conversar com o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Antes mesmo do pronunciamento da entidade, a dupla tentou manter contato com o ex-árbitro, que não respondeu às mensagens por WhatsApp e tampouco falou sobre o caso por meio de telefonemas. Durante as incessantes tentativas de contato com Gaciba, o departamento de futebol do Tricolor recebeu a sugestão vinda da CBF de conversar com o secretário-geral Walter Feldman para que houvesse uma solução pacífica.
Sem avançar nas discussões sobre o caso com os responsáveis pela arbitragem, o São Paulo adotou uma postura de discutir uma decisão de forma interna. Membros do departamento de futebol e do jurídico conversam para definir a possibilidade de ação que solicite a impugnação do jogo. Ainda não houve um consenso nos bastidores do Morumbi. O clube tem até hoje (27), às 22h29 (de Brasília) — 48 horas após a súmula ter sido publicada —, para ingressar com uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitando a anulação do jogo.
O São Paulo alega erro de direito em um lance envolvendo a anulação do gol de Pablo, na partida disputada na noite de quarta-feira (25), na Arena Castelão. No episódio questionado pelo clube, o assistente Thiago Rosa de Oliveira (RJ) assinalou posição irregular do atacante. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa/RJ), no entanto, confirmou o gol ao ser aconselhado pelo VAR, comandado por Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ), com auxílio de William Machado Steffen (SC) e Daniel do Espirito Santo Parro (RJ).
O problema é que o mesmo VAR se corrigiu e anulou o lance. No decorrer do processo que demorou 4 minutos e 35 segundos, o árbitro chegou a autorizar o reinício da partida com o gol do São Paulo validado. Ontem, a própria CBF reconheceu o erro de comunicação.
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