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Rogério Ceni já tinha 42 anos e fazia um esforço grande para entrar em campo no segundo semestre de 2015. O goleiro estava nos últimos meses de carreira e testava os seus limites em busca do único grande título que não conquistou com a camisa do São Paulo, a Copa do Brasil.
Atrapalhado por problemas na coxa e no tornozelo, Rogério jogou pouco no segundo turno do Campeonato Brasileiro, mas fez o possível para estar em campo no mata-mata da Copa do Brasil. Como o São Paulo havia disputado a Libertadores, o time entrou já nas oitavas de final do torneio, e eliminou Ceará e Vasco para chegar entre os quatro melhores.
Em 21 de outubro, o atual técnico do Flamengo entrou pela última vez no Morumbi para um jogo oficial. Vitória do Santos por 3 a 1 pela ida das semifinais. Com nova vitória na Vila Belmiro, o Peixe avançou à decisão e frustrou os planos do último título de Rogério, que só voltou a jogar em sua festa de aposentadoria.
Cinco anos depois, Rogério visita o São Paulo pela segunda vez na Copa do Brasil, tentado evitar que o Tricolor iguale a campanha de 2015. Eliminado com o Fortaleza nas oitavas de final, o técnico agora dirige o Flamengo nas quartas.
Contratado às pressas após a demissão de Domenec Torrent, o ex-são-paulino tem seu primeiro teste de ferro justamente contra o clube em que construiu carreira e no torneio que ainda não venceu; nem como jogador, nem como treinador.
Defendendo o gol, Rogério Ceni chegou à final da Copa do Brasil em 2000, e perdeu para o Cruzeiro com gol nos minutos finais. Em 2002, 2012 e 2015, chegou às semifinais com o Tricolor, mas não conseguiu avançar. Já como treinador, acumula quatro eliminações no torneio: pelo São Paulo, na 4ª fase de 2017; pelo Fortaleza, nas oitavas de final de 2019 e 2020; e pelo Cruzeiro, nas semifinais de 2019.
Ceni agora precisa comandar uma virada flamenguista, após derrota por 2 a 1 no jogo de ida no Rio. As equipes entram em campo nesta quarta-feira, às 21h30 (Brasília) no Morumbi.
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