Análise: após tratar clássico como “só um jogo”, São Paulo precisa de clima de “final” contra Atlético-MG

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GloboEsporte

 Leandro Canônico

Tricolor foi derrotado de maneira justa pelo Corinthians e agora tem confronto direto em casa.

Nem mesmo a excelente fase vivida no Campeonato Brasileiro fez o São Paulo acabar com o tabu na Neo Química Arena, casa do rival Corinthians. Agora, em 13 jogos, são dez derrotas e três empates.

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A derrota por 1 a 0, apenas a terceira do líder do Brasileirão (perdeu também de Vasco e Atlético-MG no primeiro turno), pode até ser considerada normal. Afinal, era um clássico fora de casa, num local de péssimo histórico dos são-paulinos.

Mas o que não pode ser considerada normal é a postura do São Paulo diante do Corinthians. Enquanto o rival entrou para jogar um clássico, o Tricolor entrou para disputar apenas “mais um jogo”.

É verdade que o Corinthians teve dez dias de preparação para o jogo, enquanto o São Paulo fez mais dois jogos nesse período, contra Sport e Botafogo. Mas isso não é desculpa.

– Claro que ficar com mais tempo para treinar e podendo descansar os jogadores é um fator que te possibilita uma vantagem. Mas não foi o que determinou o resultado. O Corinthians teve méritos, mas poderíamos ter jogado muito melhor – afirmou Diniz.

Corinthians venceu o São Paulo na Neo Química Arena — Foto: Marcos Ribolli

Corinthians venceu o São Paulo na Neo Química Arena — Foto: Marcos Ribolli

Os jogadores do Tricolor erraram demais no clássico. Passes errados, divididas perdidas, desatenção… Irreconhecível, viu cair a invencibilidade de 17 jogos no Brasileirão.

Viu também cair a diferença de sete pontos na liderança. Agora, o Atlético-MG, adversário da próxima quarta-feira, às 21h30, no Morumbi, pela 26ª rodada, esta a quatro pontos. E o Flamengo, que tem um jogo a menos, aparece cinco atrás do Tricolor.

– É fazer o que sempre fazemos. Temos de olhar internamente, corrigir os erros que cometemos hoje aqui e preparar para o próximo jogo, que é mais uma decisão, contra o Atlético-MG. A equipe sabe o que deixou de fazer. A parte técnica também. No intervalo já conversei um pouco sobre isso. Agora é pensar no Atlético. Não tem mágica, nada muito sofisticado para fazer e preparar para o próximo jogo e para a sequência. Temos de colocar a cabeça no lugar e corrigir os erros táticos e técnicos. Temos de nos entregar com tudo o que temos de coragem, energia – disse o técnico.

A situação do São Paulo segue confortável no Brasileirão. Mas depende totalmente de como o time vai absorver a derrota para o rival Corinthians em Itaquera. Se ela pesar a ponto de jogar pressão para o duelo contra o Atlético-MG, o favoritismo pode mudar de lado.

Se Fernando Diniz, com sua competitividade admirável à beira do gramado, conseguir fazer com que essa derrota tenha sido só a de mais um jogo (e não a de um clássico), o São Paulo tem tudo para se reerguer diante do Atlético-MG.

Mas esse jogo contra os mineiros deve ser encarado pelo São Paulo como a “final” que é, um duelo direto pela liderança do Brasileirão. O perigo é o Tricolor entrar em campo no clima que entrou contra o Corinthians. Até porque, o Atlético-MG é muito mais time do que o rival do São Paulo.

Fernando Diniz comandou o São Paulo na derrota para o Corinthians fora de casa — Foto: Marcos Ribolli

Fernando Diniz comandou o São Paulo na derrota para o Corinthians fora de casa — Foto: Marcos Ribolli

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