GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Na vitória sobre o Sport, Tricolor tirou o pé e só não tomou sufoco porque o rival era fraco.
A vitória do São Paulo sobre o Sport, no último domingo, por 1 a 0, no Morumbi, não só manteve o time na liderança do Campeonato Brasileiro como, somada ao empate do Atlético-MG com o Inter, fez o Tricolor abrir quatro pontos na ponta da tabela. E com um jogo a menos…
O cenário é excelente para o Tricolor. Principalmente porque se vencer o Botafogo na quarta-feira, no Morumbi, em jogo atrasado da 18ª rodada, a diferença para o Atlético-MG sobe para sete pontos.
Mas falando do jogo contra o Sport, que está na luta contra o rebaixamento, há um ponto de atenção para o São Paulo: a postura do time, em muitos momentos, foi mais de controlar o jogo do que de buscar o segundo gol. Algo que pode ser perigoso diante de um adversário mais forte.
Jogadores do São Paulo durante partida contra o Sport — Foto: Marcos Ribolli
Durante o primeiro tempo, é verdade, o São Paulo apresentou um futebol vistoso. Toques rápidos e triangulações bem armadas ditaram o ritmo da equipe. E uma jogada ensaiada, em cobrança de escanteio de Daniel Alves, fez sair o gol de Luciano, aos 13 minutos.
O estilo de jogo fez até o comentarista da Globo, Walter Casagrande, falar durante a transmissão:
– Com é bom ver esse São Paulo jogar.
Apesar disso, o goleiro Luan Polli praticamente assistiu ao restante do primeiro tempo. É justo dizer também que o Sport também pouco (ou nada) fez para assustar o goleiro são-paulino Tiago Volpi.
No segundo tempo, o Sport fez duas modificações: colocou o meia Thiago Neves no lugar do zagueiro Iago Maidana, e o meia Jonatan Gómez na vaga do volante Ricardinho. O time pernambucano melhorou, mas esteve longe de assustar o São Paulo.
De qualquer forma, o Tricolor, como em outras ocasiões, não conseguiu fazer aquele gol que “mata” o jogo e viu o adversário rondar sua área. Contra um time mais forte, poderia virar um problema.
A eficácia do primeiro tempo, na jogada ensaiada do gol de Luciano, não foi vista na etapa final, quando Luciano perdeu chance incrível, Igor Vinicius também, Tchê Tchê igualmente… Fora que Luan Polli, goleiro do Sport, fez boas intervenções.
Tiago Volpi durante São Paulo x Sport — Foto: Marcos Ribolli
De qualquer forma, o técnico Fernando Diniz avaliou em entrevista coletiva que o São Paulo criou do começo ao fim do jogo, mas admitiu que houve sofrimento de poder levar um gol a qualquer momento.
– A gente se apega muito ao resultado. Hoje criamos do começo ao final, o Volpi não pegou na bola. O sofrimento é poder tomar um gol a qualquer momento – disse Diniz.
O São Paulo não sofreu o gol que seria trágico para as pretensões do Campeonato Brasileiro. Garantiu a vitória, defendeu a liderança do Campeonato Brasileiro, mas leva a lição do jogo de que não precisa ter “sofrimentos”, como disse Diniz, quando se tem um time entrosado e que cria chances.
Na próxima quarta-feira, às 21h30, no Morumbi, o time volta a campo diante do Botafogo para, quem sabe, construir uma vitória mais tranquila e seguir firma na luta pelo título do Brasileirão. A diferença de quatro pontos para o Atlético-MG, assim, passaria a sete.
LEIA TAMBÉM:
- Oscar entrega ‘ajuda’ de Lucas para fechar com São Paulo, projeta dupla e agradece torcida: ‘Carinho especial’
- Confira os jogadores do São Paulo que mais participaram de gols no ano
- São Paulo “renova” time feminino para temporada com Libertadores inédita
- Lucas Moura vibra com chegada de Oscar ao São Paulo
- Reforço do São Paulo, Oscar teve saída polêmica do clube em 2010 após ação na Justiça; relembre