GloboEsporte
Leonardo Lourenço
Equipe abre sete pontos na ponta, mas torcida tem motivos (e memória fresca) por cautela.
O São Paulo é favorito ao título do Campeonato Brasileiro de 2020, o que só vai terminar em 2021. Favoritismos mudam de mãos ao passar das rodadas, não são sentenças com trânsito em julgado, mas não há nenhum outro time, neste momento, com credenciais melhores do que o de Fernando Diniz para ficar com a taça.
O jogo contra o Botafogo, na última quarta-feira, no Morumbi, uma vitória irretocável por 4 a 0, foi o último da série de três partidas atrasadas que o São Paulo tinha a fazer no Brasileiro. A equipe igualou o número de jogos do Atlético-MG, vice-líder, e abriu sete pontos de vantagem na liderança. E ainda marcou a conquista simbólica do primeiro turno.
O torcedor são-paulino, porém, prefere a cautela. E tem motivos para isso. O time que hoje impressiona pela confiança, pelo poder ofensivo e pela consistência na defesa, já foi um time vacilante, que tomava gols com facilidade, que sofreu eliminações vexaminosas, que teve seu técnico se segurando ao cargo por um fio mais de uma vez – isso tudo nesta mesma temporada.
No Brasileiro, porém, mesmo oscilando e com alguns resultados ruins, sempre se manteve no primeiro pelotão, até quando começou a ter jogos adiados por causa das disputas da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. Foi o que permitiu saltar à liderança quando o time encaixou em novembro – já são 17 rodadas sem derrotas no Brasileiro.
Reinaldo e Brenner comemoram gol do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
A essa altura do campeonato, às vésperas da 25ª rodada, é possível dizer que apenas um terremoto no Morumbi tiraria do São Paulo a condição de candidato ao título. O rótulo de favorito é reforçado pelos tropeços recorrentes dos adversários mais próximos, o Atlético-MG e o Flamengo.
Num torneio tão peculiar como o deste ano, o São Paulo se reforça até pela maneira exemplar com que tem lidado com a pandemia de Covid-19. Até agora, só Tchê Tchê perdeu jogos por ter se contaminado – Bruno Alves e Reinaldo foram desfalques por cautela, seja por apresentar sintomas ou por manter contato com alguém com resultado positivo, mas não foram diagnosticados com a doença.
Enquanto isso, Atlético-MG, Flamengo, Palmeiras, por exemplo, com elencos mais estrelados, sofreram surtos da doença que prejudicaram os times.
Contra o Botafogo, o jogo acabou no intervalo. Brenner abriu o placar de cabeça, bem posicionado, completando cruzamento na medida de Gabriel Sara. O artilheiro do time na temporada ainda fez o 20º pouco depois, de pé esquerdo. No fim do primeiro tempo, Reinaldo ampliou de pênalti.
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Os cariocas, de destino aparentemente selado para a segunda divisão do próximo ano, não incomodaram – principalmente depois de Marcelo Benevenuto ter sido expulso por falta em Luan.
No segundo tempo, o São Paulo se poupou. Diniz tirou Luan, Gabriel Sara, Igor Gomes, Juanfran e Tchê Tchê, todos pendurados, para não os perder para o clássico do próximo domingo, às 18h15, contra o Corinthians, na Neo Química Arena – onde os tricolores jamais venceram.
Mesmo em marcha lenta, o São Paulo ampliou, um golaço de Hernanes aos 44 minutos do segundo tempo.
Prudência é bom, e será o lema de Diniz, mas nenhum outro time reúne tantas qualidades de equipes campeãs no Brasileiro como o São Paulo atual.
Jogadores do São Paulo comemoram um dos gols do São Paulo na goleada sobre o Botafogo — Foto: Marcos Ribolli
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