GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
Passada a eleição de Julio Casares à presidência do São Paulo, os holofotes se viraram para o o futuro de Raí. Diretor executivo de futebol desde 2017, o ídolo tricolor tem contrato até o final de dezembro, porém, devido à pandemia do novo coronavírus, a atual temporada só termina em fevereiro. Por isso, sua permanência passou a ser um grande impasse nos bastidores do Morumbi.
Em seu primeiro discurso como presidente eleito, Julio Casares antecipou que haverá contratações de diretores executivos do mercado para assumir cargos nas categorias de base e no futebol profissional, levantando dúvida se Raí teria espaço nesse organograma.
O técnico Fernando Diniz em entrevistas coletivas recentes saiu em defesa não só de Raí, mas também do gerente de futebol Alexandre Pássaro, fazendo questão de exaltar a importância de ambos no processo de transformação do São Paulo, que hoje briga pelos títulos do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
Desde que assumiu a diretoria de futebol, em 2017, Raí foi bastante criticado por contratações caras que acabaram não trazendo o retorno esportivo esperado e pelas diversas eliminações vexatórias dos últimos anos. Com a grave crise financeira que o São Paulo enfrenta, o dirigente foi forçado a resolver os problemas do elenco com os garotos revelados na base, o que passou a ser um marco da gestão de uns anos para cá.
Atualmente, quatro dos dez atletas de linha titulares foram revelados em Cotia: Igor Gomes, Gabriel Sara, Brenner e Luan. Até poucas semanas atrás, Diego Costa, outro jogador criado na base, também vinha figurando entre os 11 iniciais de Fernando Diniz. E, apesar de toda a juventude, o São Paulo vem conseguindo ser competitivo.
Nesta segunda-feira, o governo de transição começa a atuar passada as eleições presidenciais. O presidente eleito pode indicar até cinco pessoas para fazer parte desse comitê, o mesmo vale para o atual presidente, o Leco. Julio Casares assume a presidência no dia 1º de janeiro de 2021 e uma das suas primeiras decisões no cargo será sobre o futuro de um dos maiores ídolos da história do clube, que depois de tanto errar, enfim, pode ter seu trabalho coroado com um ou até mesmo dois títulos.
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