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Documento cita R$ 37 milhões em investimentos, redução de R$ 91 milhões no endividamento e receita de R$ 460 milhões para o próximo ano.
A proposta de orçamento do São Paulo, apresentada na noite desta quinta-feira ao Conselho Deliberativo, prevê que o clube terá que vender R$ 176 milhões em atletas no próximo ano para atender à peça que está sendo analisada pelos conselheiros.
O valor é superior ao que apresentado como tendência para essa temporada, que é de R$ 137 milhões. Nesta temporada, a maior venda do clube foi a de Antony ao Ajax, um negócio de 16 milhões de euros (R$ 74 milhões na época), que ainda incluiu a venda de uma parcela de David Neres que o São Paulo ainda mantinha por 7 milhões de euros (R$ 32 milhões à época).
O orçamento, por outro lado, estima R$ 37 milhões em investimentos, o que inclui a formação de atletas e aquisição dos direitos econômicos de novos jogadores.
Os conselheiros do clube poderão votar até esta sexta-feira pela aprovação ou rejeição da proposta.
Reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo — Foto: Reprodução
A previsão é de que o São Paulo termine 2021 com um total de R$ 460 milhões, menos do que os R$ 541 milhões orçados para 2020 – valor que foi reajustado em revisão orçamentaria para R$ 341 milhões como consequência da crise financeira causada, principalmente, pela pandemia de Covid-19.
O orçamento para o ano que vem estima um superávit de R$ 12,5 milhões e a possibilidade de o São Paulo reduzir seu endividamento em R$ 91 milhões – a tendência é que a dívida alcance R$ 578 milhões em dezembro.
Por causa da pandemia, o São Paulo não orçou receitas com bilheterias para o ano que vem. Além disso, citou o pagamento de R$ 14 milhões que são os salários dos atletas que foram reduzidos neste ano e que serão pagos em 12 parcelas a partir de março.
A reunião foi transmitida ao vivo pelo clube pela internet pela primeira vez.
O atual presidente, Carlos de Augusto Barros e Silva, o Leco, que deixa o cargo no dia 31, participou brevemente:
– Exerci com muita honra a presidência do Conselho de abril de 2014 a outubro de 2015, posteriormente a presidência do São Paulo, função que muito me honrou e encontra-se agora nos momentos de conclusão, vivendo período de transição harmonioso, cordial e respeitoso com o presidente eleito – disse ele, citando Julio Casares, que assume a função em janeiro.
Casares também fez um pronunciamento:
– (Vivemos) momento em campo muito feliz. Teremos momento de austeridade e dificuldade financeira, mas acompanha de perto a presença de um futebol competitivo, com grande qualidade e olhar profundo para a base.
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