GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
Rodrigo Caetano era o favorito para assumir a direção executiva de futebol do São Paulo após a definição de que Raí não permanecerá no cargo ao fim do Campeonato Brasileiro. Contudo, o novo presidente do clube, Julio Casares, fez questão de esfriar a possibilidade de o ex-dirigente do Internacional desembarcar no Morumbi.
“Quero dizer que há grandes profissionais, como o Rodrigo Caetano, um grande nome, profissional, mas tem uma pretensão salarial muito alta diante das nossas possibilidades. Temos que falar isso de forma aberta. É um grande profissional e quem sabe um dia ele possa estar no são Paulo”, afirmou Casares.
Além de Rodrigo Caetano, Thiago Scuro, diretor do Red Bull Bragantino, André Zanotta, hoje no FC Dallas, dos EUA, e Diego Cerri, do Bahia, são outros nomes que fazem parte da lista do São Paulo para a direção executiva de futebol.
Por enquanto, o quadro diretivo do futebol do São Paulo conta com Muricy Ramalho, novo coordenador de futebol e que terá a função de fazer o elo entre comissão técnica, jogadores, diretoria e presidência. Carlos Belmonte comandará todo o departamento, auxiliado por Nelson Ferreira e Fernando Chapecó, diretores adjuntos.
“Não posso, como mandatário do São Paulo, gastar mais que o orçamento prevê. Nesse momento, quem se encaixou foi o Muricy Ramalho e certamente teremos um diretor executivo na base e no profissional com o mesmo perfil. Não vamos poder sair contratando jogador de forma que comprometa nossa situação financeira. Nosso orçamento é o nosso Norte e temos que cumprí-lo”, prosseguiu.
Justamente pela falta de profissionais que aceitem assumir a diretoria executiva de futebol em tempos de grande austeridade financeira, Julio Casares foi questionado se não valeria a pena apostar na manutenção de Raí. A possibilidade, no entanto, foi descartada pelo novo presidente, que deixou em aberto uma nova função ao ídolo são-paulino.
“Estou atuando de forma muito intensa com o Raí e os demais colaboradores da Barra Funda. Agora, a questão de trabalhar com A, B ou C não é pontual. Não tenho dúvida que depois de ele tirar umas férias, ele vai nos ajudar talvez como embaixador na Europa, na França. Eu não faço pré-julgamento. É o conjunto da obra que deve ser avaliado. Não podemos avaliar um colaborador pelo insucesso de 30 dias ou pelo êxito de 30 dias. É o conjunto da obra que vai avaliar se ele é bom ou ruim”, concluiu.
Confira as 50 metas iniciais do governo de Julio Casares no São Paulo:
1: implantar nova estrutura organizacional do SPFC
2: contratar executivos de notório conhecimento para áreas-chave do SPFC
3: descrever as funções de cada diretoria executiva, incluindo objetivos estratégicos
4: definir e documentar nova política de remuneração, bem como indicação de plano de carreira
5: revisar plano de contas
6: estabelecer câmaras setoriais para áreas da estrutura organizacional e ações estratégicas
7: criar grupo de aconselhamento com ex-presidentes do SPFC
8: estabelecer estrutura de controle interno para acompanhar o cumprimento restrito do orçamento aprovado
9: estruturar a área e definir atuação das relações institucionais do SPFC
10: elaboração do painel de bordo para acompanhamento e divulgação dos objetivos e indicadores (KPI) do SPFC
11: definir estratégia para real implementação do SAP
12: criar crupo de trabalho para desenhar processos e procedimentos nas áreas-chave
13: criar o comitê de negociação e definir regras de atuação
14: estabelecer programas para redução de despesas em diferentes níveis
15: desenvolver programa de relacionamento com credores
16: modernizar o portal da transparência da gestão incluindo informações da administração
17: estruturar o departamento de compliance com áreas de análise e investigação
18: revisar o código de conduta do SPFC abordando todos os envolvidos nas operações
19: implementar um sistema de gestão de compliance no SPFC
20: criar programa de engajamento para o sistema de gestão de compliance
21: redesenhar a estrutura do departamento de futebol
22: integrar metodologicamente os centros de treinamentos
23: estabelecer equipe própria e contratar para as áreas-chave no departamento de futebol
24: modernizar o Reffis e a área médica
25: criar critérios mensuráveis para negociação de atletas
26: estabelecer bases para o programa de intercâmbio internacional
27: implementar o CAF – Comitê Avançado do Futebol
28: ter política para jovens de Cotia que ultrapassem a idade
29: estabelecer política para conscientização da força de trabalho
30: criar o setor popular no Morumbi
31: implantar o camarote dos ídolos
32: rever condições para compra de ingressos on-line
33: criar o programa Torcedor do Futuro
34: estruturar acesso e uso de cadeiras cativas
35: ressignificar e reestruturar o programa sócio-torcedor
36: criar embaixadas no Brasil e no exterior, incluindo benefícios
37: concluir a nova estrutura da área social
38: estabelecer critérios e controle das despesas da área social
39: priorizar os projetos na área social com participação dos sócios
40: estabelecer controle e informação sobre o orçamento social
41: criar o CISP (Centro de Inovação do São Paulo) e sua estratégia de integração com futebol, marketing, programa sócio-torcedor e medicina
42: desenvolver os e-sports
43: monetizar a torcida como a quarta fonte de receita através de big data
44: redesenhar a área de marketing incluindo diretoria comercial
45: criar núcleo de integração comercial
46: desenvolver cenários para o road show
47: incrementar a monetização do Morumbi incluindo o concept hall
48: criar programa de responsabilidade social e cultural
49: contratar empresa especializada em comunicação institucional
50: criar plano de comunicação interna e externa.
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