O que mudou? Athletico e Fernando Diniz dão a volta por cima após separação

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GloboEsporte

Fernando Freire 

Após a demissão, Athletico coloca a casa em ordem, embala com Tiago Nunes e conquista a Sul-Americana e a Copa do Brasil; técnico decepciona no Flu, mas vive o auge no São Paulo.

O jogo entre Athletico e São Paulo marca o reencontro do clube paranaense com Fernando Diniz. O treinador teve uma passagem desastrosa pela Arena da Baixada em 2018, mas, de lá para cá, tanto o Furacão quanto o técnico deram a volta por cima.

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A partida está marcada para 16h deste domingo, na Arena da Baixada. 

Fernando Diniz volta à Arena no Athletico x São Paulo deste domingo — Foto: Arte/ge

Fernando Diniz volta à Arena no Athletico x São Paulo deste domingo — Foto: Arte/ge

Diniz comandou o Furacão no primeiro semestre de 2018. O clube até conseguiu algumas vitórias marcantes, como 3 a 0 no Newell’s Old Boys e 5 a 1 na Chapecoense. O presidente Mario Celso Petraglia chegou a falar que o técnico não seria demitido nem se caísse para a Série B.

O Athletico, porém, acumulou tropeços. Com mudanças constantes e várias improvisações (como o volante Bruno Guimarães na zaga e o meia Raphael Veiga na ala), o Furacão conseguiu só uma vitória em uma sequência de 14 jogos, e a diretoria decidiu demitir o treinador – apesar da promessa de Petraglia.

Diniz saiu com o pior aproveitamento entre todos os técnicos do Athletico desde 2008: cinco vitórias, sete empates e nove derrotas em 21 jogos, um rendimento de 34%. O Furacão era o vice-lanterna do Brasileirão.

De lá para cá, muita coisa mudou.

Tiago Nunes, que comandava os aspirantes, assumiu a equipe principal, deu sequência a um esquema (o 4-2-3-1) e colocou cada jogador na sua respectiva posição. O lateral-esquerdo Renan Lodi, reserva com Diniz, ganhou espaço, e Bruno Guimarães virou peça-chave no meio.

O Athletico embalou e viveu o período mais vitorioso de sua história, com cinco títulos entre 2018 e 2019, com destaque para a Sul-Americana de 2018 e a Copa do Brasil de 2019. O clube passou por uma reformulação e caiu de produção em 2020 e, hoje, é o 11° colocado no Brasileirão.

Diniz também deu a volta por cima após a “separação” com o Athletico. Ele passou pelo Fluminense sem muito brilho (18 vitórias, 11 empates e 15 derrotas, com 49,2% de aproveitamento), mas fechou com o São Paulo em setembro de 2019 para substituir Cuca.

Em 2019, Diniz esteve à frente do time em 16 jogos no Brasileirão de 2019, com sete vitórias, quatro empates e cinco derrotas (52%). O time garantiu vaga na fase de grupos da Libertadores, mas o técnico não escapou dos questionamentos.

A diretoria tricolor, porém, apostou na permanência de Fernando Diniz – e vem colhendo os frutos. O São Paulo não conseguiu ir muito longe no Paulistão, na Libertadores e na Sul-Americana, mas foi semifinalista da Copa do Brasil e lidera o Brasileirão, com 56 pontos. O Internacional, vice-líder, tem 53.

Diniz reduziu o número de improvisações. O lateral-esquerdo Léo Pelé na zaga e o volante Tche Tchê quase como um atacante são exceções. O técnico também definiu uma espinha dorsal e um esquema tático (4-4-2). Hoje, o torcedor são-paulino sabe a escalação de cabeça – diferente do torcedor atleticano em 2018.

Com poucos remanescentes de 2018, o Athletico deve encarar o time de Diniz com: Santos; Jonathan, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Richard, Christian, Léo Cittadini e Carlos Eduardo; Nikão e Kayzer.

Já Fernando Diniz deve escalar o São Paulo para o duelo deste domingo com: Tiago Volpi, Juanfran, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Gabriel Sara, Tchê Tchê e Igor Gomes; Brenner.

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