Menon: O São Paulo foi um time muito mais aguerrido do que era

UOL

Com uma virada por 2 a 1 diante do Grêmio, em Porto Alegre, o São Paulo venceu pela primeira vez em 2021, ainda sob o comando do interino Marcos Vizolli, e confirmou sua classificação para a Libertadores, embora ainda tente se manter em posição que o coloque na fase de grupos, como o quarto lugar atual. O time ainda tem chances de título no Brasileirão, mas pequenas, precisando vencer seus jogos e dependendo de uma série de resultados, como um empate entre Flamengo e Internacional.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com Isabela Labate, Menon, Renato Maurício Prado e Ricardo Rocha —, Menon destaca a qualidade do jogo entre Grêmio e São Paulo, além da forma como o time de Vizolli reagiu de forma diferente à anterior com Fernando Diniz, destacando a forma como foi mais aguerrido para vencer.

“O São Paulo foi um time muito mais aguerrido do que era, o segundo gol do São Paulo foi um gol de casquinha, o Volpi deu um chutão, o Gonçalo Carneiro disputou a bola com o zagueiro, não conseguiu cabecear, mas o zagueiro cabeceou mal, o Luciano fez o gol. O São Paulo muito mais aguerrido hoje, muito mais lutador, tentando segurar”, diz Menon (no vídeo a partir de 1:02:11). “Depois que fez 2 a 1, o São Paulo se fechou bastante, mas também tinha hora que ele marcava em cima, marcava na saída de bola, tanto que quase levou um gol de contra-ataque aos 52, o lance que o Trellez e o Hernanes se confundiram e quase que o Grêmio empata ali. Já pensou, levar um gol de contra-ataque aos 52?”, completa.

O jornalista afirma que o time deu bons sinais para o torcedor, tendo mudanças como a não utilização da saída de bola tantas vezes criticada durante o período de Fernando Diniz.

“O São Paulo deu uma luz para a torcida sim, acho que jogou um pouco mais, do jeito que estava, era o único time do mundo que jogava daquele jeito, era impossível estar certo. Por exemplo, a saidinha era com o Luciano e o Igor, dois atacantes fazendo a saidinha, daí eles falam que não podia ser o zagueiro porque o zagueiro não sabe sair jogando, os do São Paulo, então, o Diniz era muito crente no seu método de trabalho, no seu modelo e não mudava nunca, eu acho que hoje o São Paulo foi um time que mostrou que queria, um time que competiu, que queria a vitória, queria os três pontos”, diz Menon.

O colunista do UOL também fala sobre a contratação do técnico argentino Hernán Crespo e diz que ele deveria ter presenciado o jogo com o Grêmio em Porto Alegre, como precisa estar na partida contra o Palmeiras na sexta-feira, citando o que ocorreu no rival Corinthians com Tiago Nunes, que deixou para assumir o time apenas na temporada seguinte e acabou fracassando.

“Quanto ao Crespo, eu não entendo o seguinte, Tiago Nunes assinou com o Corinthians em setembro de 2019 e começou a trabalhar em janeiro de 2020, deixaram lá o Dyego Coelho. O Crespo assinou contrato com o São Paulo acho que anteontem e eu acho que Porto Alegre é perto de Buenos Aires, ele tinha que estar lá hoje em Porto Alegre, ou no vestiário do São Paulo falando para os caras ‘confio em vocês, vocês vão ganhar para a gente ir para a Libertadores’, ou na arquibancada, ou na cabine junto com o presidente”, diz Menon.

“O cara vai chegar na terça-feira, eu acho que não deve ser assim, assinou, tem que trabalhar, ninguém assina contrato para trabalhar daqui cinco ou seis dias. Aí o São Paulo tem um jogo com o Palmeiras, um jogo importante, acho que o São Paulo não tem chance nenhuma de chegar no título, mas tem uma chance que se chama matemática, então, se o São Paulo ganhar do Palmeiras e depois ele tem o Botafogo, que é um time ganhável, então esse jogo com o Palmeiras o Crespo tinha que estar aí, tem que estar lá no jogo com o Palmeiras, não digo no banco, mas já está recebendo, não é? Então vamos trabalhar”, conclui.

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