Ministério Público pede soltura de torcedores ainda presos por ataque a ônibus do São Paulo

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GloboEsporte

Leonardo Lourenço

Cinco homens continuam detidos há quase três semanas por causa de episódio.

O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça que sejam soltos cinco torcedores do São Paulo que continuam presos pelo ataque ao ônibus com a delegação tricolor há quase três semanas, horas antes da partida contra o Coritiba, no Morumbi.

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Segundo o promotor Roberto Bacal, do Anexo do Torcedor do Tribunal de Justiça paulista, há risco de que as prisões sejam passíveis de “redundar em futura injustiça”. Ele argumenta que a investigação, até o momento, não avançou para individualizar a conduta de cada uma das 14 pessoas que foram presas no dia – nove delas libertadas nos dias seguintes.

Ele cita, também, que os homens detidos não foram nominados no auto de prisão em flagrante, tendo os 14 saído de um grupo citado de 30 pessoas no local do crime, segundo o promotor, “observados à distância pela Polícia Militar”.

Ônibus do São Paulo foi apedrejado por torcedores — Foto: Reprodução

Ônibus do São Paulo foi apedrejado por torcedores — Foto: Reprodução

As prisões preventivas foram decretadas pela juíza Vivian Brenner de Oliveira um dia depois do episódio. Ela justificou a manutenção da prisão dos cinco homens pelo fato de eles apresentarem antecedentes criminais, quatro deles com relação a crimes previstos no Estatuto do Torcedor.

Bacal pede a liberdade provisória, mas que sejam aplicadas medidas cautelares – como a proibição de se aproximarem de estádios de futebol.

Quinze pessoas foram denunciadas pelo ataque, 14 delas por associação criminosa, dano qualificado, resistência, lesão corporal e por promoverem tumulto em evento esportivo. Um diretor da Torcida Independente, citado como possível responsável pelo plano, foi denunciado por associação criminosa – ele não estava no local.

A denúncia ainda não foi analisada. O caso foi transferido para o Jecrim (Juizado Especial Criminal), onde funciona o Anexo do Torcedor. Também não há decisão sobre o pedido de liberdade feito pelo Ministério Público.

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