“Muricy teve participação grandiosa”, diz Vizolli sobre 3-5-2 no São Paulo

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UOL

Thiago Fernandes

Técnico interino do São Paulo, Marcos Vizolli admite que a formação utilizada na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, na noite de ontem (25), teve “participação grandiosa” do coordenador técnico Muricy Ramalho. Ex-treinador, o atual dirigente do Tricolor paulista era adepto do esquema tático e foi consultado pela comissão técnica sobre a sua utilização.

“Na realidade, quando perdemos para o Botafogo, tinha em mente mudar o sistema para 3-5-2, mas eu corria o risco de algumas situações, um sistema novo, contra o Flamengo, que poderia ser campeão brasileiro. Coloquei na mente que a gente poderia, porque teria uma profundidade maior, uma defesa mais sólida”, explicou o técnico interino do São Paulo após a 38ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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“O Muricy teve participação grandiosa nisso, o debate final foi com ele. Ele conhece bastante esse sistema, foi campeão brasileiro três vezes com ele. O 3-5-2 nos ajudou para liberar os atletas de velocidade”, acrescentou Marcos Vizolli. A formação adotada pelo treinador no jogo diante do atual campeão brasileiro não teve interferência direta de Hernán Crespo, treinador contratado para a vaga de Fernando Diniz, demitido em 1º de fevereiro passado. O argentino também costuma utilizar um esquema tático com três zagueiros. Porém, só deve iniciar a sua participação como comandante da equipe na tarde de hoje (26).

“Eu sou funcionário do clube, exerço funções. Amanhã (hoje), o Crespo já se apresenta para treinamento no período da tarde, com todas as condições possíveis que o São Paulo deu. A minha ajuda vai ser grande, como de outras pessoas que estão ali”, afirmou. Confira, abaixo, outros trechos da entrevista coletiva de Marcos Vizolli:

UTILIZAÇÃO DE WELLINGTON: “A gente já conhecia, é um garoto formado na base do São Paulo. Ele teve um problema de saúde, se recuperou, foi comigo para a China. Ele foi convocado para a seleção brasileira, era o jogador da posição, o certo para jogar. Eu perguntei individualmente para cada jogador com quantos anos eles estrearam. Isso deu uma forma diferente para o Wellington, que já é maduro, forte e tem conhecimento da posição como lateral e ala”.

DANIEL ALVES: “O tempo com o Daniel é muito valioso, então fico muito tranquilo para falar do Daniel. Eu tenho o mesmo pensamento do Fernando sobre o Daniel, de nível, corajoso, mas nunca tocamos no assunto extracampo, sempre na batalha de reação conosco. Às vezes, o treinador atrapalha. Ele me disse no intervalo que só ajudei nesse momento”. AUSÊNCIA DE JUANFRAN: “Outro profissional respeitoso. Nós acabamos o treino ontem, quarta-feira, ele veio me procurar. Eu iria deixá-lo na suplência. Ele me procurou com muito respeito e educação e disse que não gostaria de ficar o último jogo no banco de reservas. Ele não queria vir, e foi justo. A minha escolha pelo Igor é porque o sistema exigia que a gente colocasse alguém mais jovem, com qualidade”.

CRESPO NO DIA A DIA: “Ele fez uma apresentação, ontem (quarta-feira) conversou separadamente com os atletas. Ele tem ido ao CT, mas não tem participado dos trabalhos de campo. Amanhã, com certeza, ele estará no campo, trabalhando e nós estaremos lá para trabalhar”. ATUAÇÃO DE DIEGO COSTA: “É outro jogador que conheço bem da base, está em transição, formação ainda. Ele teve uma evolução muito grande. Ele perdeu um pouco do seu talento e da sua força no decorrer da competição. A crítica construtiva faz com que ele seja reconhecido novamente como um grande zagueiro. Eu vejo no Diego uma transição grande, um futuro enorme. É um garoto jovem que veremos falar muito nele lá na frente”.

AVALIAÇÃO DA TRANSIÇÃO: “Totalmente positiva. É claro que, se eu falar para você, que gostaria de jogar a final, hoje seria muito importante para os jogadores. Foram dois dias de muito trabalho, conversa, liderança, e isso começa do Volpi até o Perri, que é o outro goleiro. A gente precisava reverter essa situação. A nossa trajetória no campeonato é mais tranquila. A gente pode passar para o Crespo agora tudo o que ele precisar. Eu saio muito alegre por ter sido recebido com carinho e respeito e por contribuir com aquilo que conheço do São Paulo Futebol Clube”.

CRÍTICAS A PABLO: “Ele veio como uma promessa ainda quando foi contratado. Para jogar nesse clube tem que ser atleta, profissional, brigar pela camisa. Ele estava passando por problemas de relacionamento com o torcedor, com a bola, com ele, com o treino. Para quem tem talento, isso passa. Muitas vezes, é demorado, mas passa. Tivemos um ano difícil, com pandemia. Ele teve um problema na família, está tendo outro agora com o avô, uma das contratações mais altas do clube. Ele precisava disso, de um jogo difícil, trombado e ele iria fazer o gol. É um ‘gentleman’. O torcedor são-paulino espera muita coisa dele”.

CHEGADA DE CRESPO: “Totalmente, a torcida infelizmente vai ter que ter uma paciência um pouco maior. É um treinador estrangeiro, que não fala a nossa língua, tem outro tipo de trabalho. Nesse tempo que eles chegaram, o coordenador Muricy tem feito reuniões periódicas em relação à nossa conduta e a dos argentinos. São pessoas importantes, novas e que precisam conhecer o país, o futebol brasileiro, o que exige agora. Saímos de uma competição dura agora e já começamos o Paulista. A ajuda vai existir, já está existindo. O resultado pode chegar muito rápido, mas também pode demorar um pouquinho mais”.

LEGADO PARA CRESPO: “Eu vou deixar só coisas positivas, as negativas são facilmente detectadas, ainda mais por um campeão recentemente. O dia a dia vai mostrar a ele o que precisa ser melhorado. É um elenco jovem, que precisa de reforços. Mas é uma situação de conversa, de dia a dia, para ver se a situação é favorável. Jogadores virão, contratações virão. Isso faz parte do futebol”.

BRASILEIRO DO SÃO PAULO: “Existe um problema sério relacionado a todas as equipes. Pode ser que esteja falando algo impossível, mas a pandemia atrapalhou muita coisa. Se você conversar com cada jogador, eu presenciei essa equipe treinando diariamente com o Fernando, treinam forte, trabalham forte. A minha palestra de hoje foi sobre o que poderíamos fazer hoje, um jogo contra o líder do Campeonato Brasileiro. Já tínhamos mudado o sistema. Poderíamos tentar a classificação contra o Botafogo, falei com todo mundo isso. Esse momento de hoje era único de mudar algumas coisas, alguns sentidos. Viramos a chave de Paulista, Sul-Americana e Brasileiro. Um novo ciclo 2021 com nova equipe, novas pessoas para que possamos começar um ciclo diferente, vencedor, que é onde o São Paulo gostaria de estar há muito tempo”.

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2 COMENTÁRIOS

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