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Perrone
A falha de Volpi no gol do Ceará, nesta quarta (10), foi imperdoável. Ele já errou outras vezes com a bola nos pés e não deveria ter tentado driblar Léo Chu. Porém, o goleiro são-paulino está longe de ser o único culpado no lance mais marcante do empate em um gol. Luan também teve participação decisiva na jogada. Primeiro, sabendo da reincidência de Volpi, ele deveria ter tentando evitar a todo custo recuar para o goleiro. Mesmo que fosse mandando a bola para fora.
Ficaria feio para Luan, mas seria menos arriscado para o time. Lembra? Time, coletivo, um por todos, todos por um? Não adianta o jogador só resolver o problema dele e jogar a bomba para o outro. Ela vai explodir do mesmo jeito e atingir a equipe toda. Nesse ponto é preciso discutir o posicionamento e a iniciativa dos demais atletas que não ofereceram novas opções para o volante em apuros. Quando resolve tocar para Volpi, Luan já está pressionado pelo jogador do Ceará. Não há mais ninguém entre eles e o goleiro. Léo Chu tem caminho livre para correr e tentar roubar a bola.
Assim, Luan deveria disparar como numa corrida de 100 metros, na diagonal, para oferecer a opção de passe. Reveja o lance e avalie a velocidade de Luan. Para mim, ele não agiu com urgência que o momento exigia. Quando o volante se coloca para receber o passe, Volpi já tomou a decisão errada de tentar o drible e não há mais o que fazer. O episódio retrata fielmente o São Paulo nesta temporada. É um time que não corrige seus erros e no qual os jogadores não demonstram solidariedade com os companheiros em campo. Claro, Volpi, Luan e os demais não são os únicos culpados. Quem os treinou, no caso Fernando Diniz, tem muita responsabilidade.
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