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Na última semana, o São Paulo votou a favor da ida à Justiça pelo Campeonato Paulista, visando obter uma liminar que viabilizasse a continuidade do estadual. Julio Casares, presidente do Tricolor, garante que o posicionamento do clube é baseado na defesa da eficiência dos protocolos de saúde adotados até o momento.
Em entrevista ao SporTV, o mandatário do clube do Morumbi explicou por que acredita que a paralisação do Paulistão pode ser prejudicial ao controle da saúde dos profissionais envolvidos no futebol.
“Quando falamos do produto futebol, precisamos nos ater à defesa do protocolo adotado até o momento. Não foi uma decisão por judicializar contra alguém, foi uma decisão de defender o protocolo de saúde. Ele protege os atletas, os funcionários, os familiares e, principalmente, as pessoas que circundam a vida dos jogadores em casa. Eu tenho muito receio de que uma paralisação maior possa causa uma falta de controle”, afirmou Casares.
“O nosso protocolo é exemplar, porque não é só o teste, é uma investigação da vida do jogador quando ele está de folga. Para onde ele foi, quem veio à casa dele, como foi o comportamento social… O Ministério Público não decidiu, e sim recomendou. O Governo acatou a deliberação, e nós vamos cumprir essa paralisação até o dia 30. Entretanto, a nossa decisão não foi votar pela judicialização por si só, e sim defender o protocolo, a seriedade e a ciência, já que hoje o futebol dá um exemplo”, completou.
Casares citou estatísticas relacionadas aos testes realizados no esporte desde o início da pandemia para exaltar a solidez dos protocolos adotados pela Federação Paulista de Futebol (FPF). O presidente do Tricolor enxerga o consumo do futebol a distância como um aliado no combate à covid-19.
“O futebol teve quase 40 mil exames e apenas 2,2% de infectados. Claro que isso não faz com que o futebol não tenha que ficar atento. O problema é sério, nós todos estamos preocupados. Eu faço o teste semanalmente, às vezes duas vezes por semana. Mas entendemos que o futebol é um produto que, dentro do seu segmento, tem conseguido bons resultados. É isso que nós queremos: o futebol, como uma forma de entretenimento, garantindo ao espectador mais um motivo para que ele fique em casa, para que ele se preserve e não transmita o vírus. O futebol é um aliado nesse sentido. Claro que nós não vivemos alheios à sociedade. Portanto, nossa decisão foi abraçar essa recomendação e discutir um formato de rodadas no estado de São Paulo em um calendário próprio dos próximos jogos”, explicou o mandatário.
Por fim, Casares revelou que o interesse dos jogadores tem sido levado em conta nas reuniões organizadas pela FPF.
“Todas essas reuniões da Federação têm a presença do Sindicato dos Atletas Profissionais. Como todos os trabalhadores estão em home office, eu entendo que o jogador apenas vai manter a sua profissão treinando e se exibindo, desde que haja um controle intensivo do elenco”, finalizou.
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