GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O técnico Hernán Crespo adotou um discurso bastante pés no chão após a goleada por 4 a 0 sobre o Santos, no Morumbi, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. Repetindo o placar da vitória sobre a Inter de Limeira, o time comandado pelo argentino já empolga a torcida, mas ele prefere evitar qualquer tipo de comemoração mais efusiva.
“São nove dias, começamos recentemente. Virão tempos difíceis, temos que estar preparados para isso, porque pode acontecer. Espero que seja sempre assim o ano todo, mas sabemos que é preciso se manter firme e ter a coragem que os jogadores demonstraram. Eles precisam manter a identidade. Creio que o que passou nesta semana quanto a resultado, rendimento, atitude é um primeiro passo para construirmos algo grande, que é o que queremos. O primeiro passo foi muito bom, mas temos que estar tranquilos. Os jogadores têm que comemorar, porque é um clássico, nem sempre se ganha de 4 a 0, mas eu tenho que estar tranquilo”, afirmou Crespo.
Com duas goleadas por 4 a 0 na mesma semana, Crespo e o elenco terão dois dias de folga, já que o próximo compromisso do São Paulo acontece apenas no sábado que vem, contra o Novorizontino, fora de casa. Se antes dias livres eram motivos de rusgas dos torcedores, insatisfeitos com os resultados da equipe, agora, passados os três primeiros jogos do Tricolor sob o comando do argentino, eles estão longe de ser problema.
“Entendemos que há uma programação. Estamos vindo de três jogos, então vamos dar dois dias livres. É impossível férias, porque a situação geral do mundo é muito difícil. Podemos dar dois dias livres aos jogadores em algumas situações para que se recuperem de tanto esforço físico feito nas últimas partidas. Mas, sem perder o foco de onde podemos chegar”, prosseguiu Crespo.
De fato, se tem uma coisa que os atletas precisaram fazer neste sábado foi esforço. Com um gramado completamente afetado pela chuva torrencial que caiu na capital paulista minutos antes de a bola rolar, o Morumbi recebeu um San-São com poucas emoções no primeiro tempo. Sem condições de a bola rolar, os atletas travaram uma disputa composta quase que em sua totalidade por bolas aéreas, desarmes e poucas chances de gol.
“Quero aproveitar e felicitar aos jogadores pela pré-disposição, por como se adaptaram às questões climáticas, sobretudo no primeiro tempo ao campo de jogo. Isso é atitude, a capacidade de adaptação que teve a equipe. No segundo tempo se pôde jogar um pouco mais e sempre tentaram jogar, apesar das condições do campo. Sempre tentaram jogar e cresceram nas próprias capacidades de manter uma linha de jogo, uma forma, e fazê-la em um campo tão difícil é muito bom e contra um rival desse ainda mais”, concluiu o treinador são-paulino.
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