Libertadores e Sul-Americana não param; brasileiros podem jogar no Paraguai

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Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, ao lado do palmeirense Danilo na final da Copa Libertadores  no Maracanã - Reprodução/Instagram
Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, ao lado do palmeirense Danilo na final da Copa Libertadores no Maracanã Imagem: Reprodução/Instagram
Marcel Rizzo – Colunista do UOL

Representantes da Conmebol avisaram que seus torneios não vão parar e que os participantes brasileiros na Libertadores e na Sul-Americana terão que arrumar onde jogar caso as autoridades proíbam o futebol no Brasil.

O aumento de infectados e mortos por covid-19 no país pode fazer com que governadores vetem jogos de futebol, o que impactaria nos campeonatos estaduais, regionais e nacionais principalmente, mas também nos internacionais. ParanáSanta Catarina e Ceará, este parcialmente (somente em Fortaleza), já colocaram barreiras para partidas em março. São Paulo avalia endurecer suas medidas restritivas e o futebol pode ser impactado. Na avaliação da cartolagem São Paulo é o termômetro e uma proibição paulista geraria efeito cascata pelo país.

Os grupos da Libertadores e da Sul-Americana para ao menos 12 brasileiros (seis em cada torneio) só começam no meio de semana de 21 de abril, mas dia 7 de abril Grêmio e Santos ainda podem jogar em casa pela terceira fase preliminar da Libertadores e o Palmeiras recebe o Defensa Y Justicia (ARG) em 14 de abril, pela Recopa, torneio que reúne os atuais campeões dos torneios da Conmebol.

O protocolo da Conmebol prevê que os clubes indiquem estádios reservas dentro do próprio país e fora dele no caso de proibições para mandar partidas em sua casa. O blog apurou que os brasileiros têm optado por indicar Assunção (PAR) caso o Brasil proíba o futebol ou clubes visitantes não possam entrar no país por medidas sanitárias.

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A sede da Conmebol fica em Luque, próxima da capital paraguaia, portanto a confederação tem indicado Assunção como um “porto seguro” para receber jogos de seus torneios. Inter e Grêmio também indicaram Montevidéu.

O acordo que a Conmebol fez em meados de 2020 com os dez governos dos países filiados com exceções sanitárias às delegações de futebol para acesso aos países continua valendo, mas alguns países estão aumentando restrições, o que tem criado problemas. O peruano Ayacucho, por exemplo, terá que receber o Grêmio na semana que vem em Quito, no Equador, e não em sua casa porque o governo peruano tornou mais rígido o protocolo a brasileiros.

A cúpula da Conmebol mantém o plano de não adiar jogos, a não ser em casos extremos — na semifinal da Sul-Americana 2020, em janeiro de 2021, houve adiamento de Coquimbo x Defensa Y Justicia porque as autoridades chilenas proibiram de última hora a entrada dos argentinos sem uma quarentena de dez dias. O jogo ocorreu dias depois em Assunção.

A orientação continua a de que se uma nação fechar fronteiras, o mandante tem que jogar no estádio que deu como opção em outro país. Surtos de covid em elencos também não serão considerados pela Conmebol para adiamentos e a entidade garante que aqueles que não se apresentarem perderão por WO (3 a 0). A lista de inscritos foi mantida em 50 jogadores, 20 a mais do que o usual para evitar que times não tenham atletas disponíveis.

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