Ideia da diretoria é cortar até 15% do custo em 2021, mas redução está próxima de 1%
Por José Edgar de Matos e Leonardo Lourenço — GloboEsporte
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Um dos objetivos da nova gestão do São Paulo é cortar gastos. Diante da crise financeira potencializada pela pandemia do novo coronavírus, o clube quer reduzir a folha salarial em até 15% até 1º de janeiro de 2022. No entanto, passados quase quatro meses e com a chegada de seis reforços (Eder, William, Benítez, Orejuela, Bruno Rodrigues e Miranda), a situação segue praticamente equivalente ao encontrado na virada para 2021.
Segundo apurou o ge, a redução total da folha salarial do São Paulo se encontra próxima de 1%, número contabilizado depois da saída de Tchê Tchê, negociado com o Atlético-MG, e da renovação de Rodrigo Nestor, que ganhou um aumento após se tornar titular do time de Hernán Crespo e renovar contrato.
A valorização de Nestor é um exemplo de como a redução acabou freada neste momento. Na comparação direta entre os atletas que saíram, como Tchê Tchê e Juanfran, e que chegaram, o São Paulo conseguiu diminuir os vencimentos mensais em 7%. A conta geral, no entanto, praticamente não reduz a folha, um dos objetivos da diretoria.
Em entrevista concedida ao ge, o diretor de futebol Carlos Belmonte comentou sobre a ideia da atual gestão de cortar ainda mais gastos durante a temporada, apesar da chegada de reforços. Somente em 2020, em virtude dos efeitos da pandemia de Covid-19, o São Paulo calcula R$ 130 milhões a menos de receitas.
— A gente quer entregar a folha, no dia 1 de janeiro de 2022, entre 10% e 15% menor do que recebemos em 1 de janeiro de 2021 — comentou o dirigente, há menos de um mês.
No fim de 2020, o São Paulo afirmou em ação judicial que a folha salarial se encontrava na casa dos R$ 12 milhões por mês.
Assim, conforme o objetivo traçado pela diretoria de diminuir os vencimentos entre 10% e 15%, a redução no fim do ano levaria os vencimentos dos jogadores profissionais para casa dos 10 milhões.
Não há segredo. Para diminuir a folha salarial, o São Paulo vai precisar negociar jogadores. No momento, o mercado está parado tanto para chegadas quanto para saídas.
Um bom exemplo é a permanência momentânea de Everton Felipe, que, sem propostas, voltou a trabalhar com o grupo de Hernán Crespo. O jogador, inclusive, acabou inscrito pelo time na Copa Libertadores da América.
Ainda na mesma entrevista concedida ao ge, Belmonte admitiu que precisará vender outros atletas para cumprir a previsão de R$ 176 milhões de receitas no mercado de transferências. Somente Brenner, vendido em janeiro, rendeu R$ 80 milhões aos cofres são-paulinos.
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