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Palmeiras não conseguiu usar seu contra-ataque, São Paulo não fez a marcação por pressão prevalecer.
O Choque-Rei foi o clássico dos sete erros e lembrou, pela falta de emoção, a primeira final de 2020, entre Corinthians e Palmeiras. Tirando uma finalização de Luiz Adriano, no primeiro tempo, e uma cabeçada de Igor Gomes, no segundo, os quinze chutes a gol da partida levaram pouco perigo, tanto a Weverton, quanto a Tiago Volpi.
Quase no final da partida, aos 42 do segundo tempo, Gabriel Sara acertou um petardo na trave esquerda de Weverton. A jogada mais espetacular do Choque-Rei.
O Palmeiras melhorou um pouco depois da troca de Raphael Veiga por Scarpa, autor de cobrança de escanteio que quase resultou em gol de Renan. Mas o medo prevaleceu nos dois times.
Gustavo Gómez e Benitez disputam jogada em Palmeiras x São Paulo — Foto: Marcos Ribollihttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Os sete pecados capitais da partida:
1. PALMEIRAS SEM CONTRA-ATAQUE
A única jogada realmente perigosa do time de Abel Ferreira aconteceu na rara oportunidade em que Luiz Adriano pôde contra-atacar. A jogada nasceu de passe errado de Benítez, que recuou para Arboleda e entregou para os atacantes palmeirenses. O São Paulo soube bloquear os contra-golpes e o Palmeiras, com 53% de posse de bola, criou muito menos do que de costume, quando tem mais espaço.
2. SÃO PAULO SEM PRESSÃO
Houve dois momentos em que o São Paulo esboçou sua melhor característica, a de subir seus atacante e dificultar a saída de bola do adversário. Aos quatro minutos, roubou a bola e se aproximou da grande área. Aos oito, outra retomada no ataque, que não levou a nenhuma jogada de real perigo. A melhor chance são-paulina nasceu de uma jogada de profundidade de Igor Vinicius, substituto de Daniel Alves. Igor Gomes cabeceou para fora.
3. ÁRBITRO PAROU MUITO O JOGO
Todo mundo conhece Flávio Rodrigues de Souza e conhece sua característica, de exigência disciplinar e também técnica. Flávio marcou 37 faltas, o que deixou o jogo ainda mais picotado do que seria normal. Com muitas jogadas paralisadas, menos chances concretas de gol.
4. VEIGA PERDEU PARA LUAN
A marcação ganhou e Luan foi um dos exemplos disso. Perseguiu Raphael Veiga individualmente e o resultado foi uma atuação tímida do jogador mais criativo do meio-de-campo palmeirense. Luan foi um dos recordistas de desarmes do jogo e Raphael Veiga só conseguiu uma finalização e um passe para chute a gol. Muito pouco.
5. ABEL FERREIRA DEMOROU A SUBSTITUIR
O meio-de-campo palmeirense não criava e Abel Ferreira demorou muito a substituir. Só trocou Patrick de Paula por Danilo Barbosa e Raphael Veiga por Scarpa aos 29 minutos do segundo tempo. Aos 43, Wesley entrou para tentar dar velocidade. Mas faltando dois minutos para o final do jogo?https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
6. ZAGUEIROS TÍMIDOS
Com três zagueiros tanto no São Paulo, quanto no Palmeiras, seria boa decisão fazê-los subir com bola dominada, para quebrar a marcação no mano a mano do lado oposto. Crespo não insistiu nisso com seus três zagueiros. Abel Ferreira até pareceu pedir esta providência para Luan e Renan, que conduziram mais a bola na segunda etapa. Mas timidamente.
7. SEM CENTROAVANTE
Pablo participou muito pouco do jogo e Luiz Adriano quase só foi visto na marcação. Muita disposição tática e poucas jogadas realmente de centroavantes.
O Choque-Rei ficou devendo e a decisão será domingo, no Morumbi.
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