Crespo leva banho, exalta Muricy e se emociona ao lembrar das filhas

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GazetaEsportiva

Em pouco mais de três meses de trabalho, Hernán Crespo conseguiu tirar o São Paulo de uma fila de quase nove anos. Neste domingo, o Tricolor conquistou o título do Campeonato Paulista em cima do Palmeiras, no Morumbi.

Antes de responder a primeira pergunta dos jornalistas na entrevista coletiva, o técnico argentino levou o tradicional banho de água fria dos jogadores que invadiram a sala de imprensa.

Encharcado, já sem máscara, Crespo falou sobre o título depois de tão pouco tempo no cargo.

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“Atitude, e atitude parte dos atletas. Quero parabenizar os atletas. Penso que seguramente nós estamos juntos, somos um time muito grande, somos uma equipe de 20 milhões de pessoas, não é só comissão técnica, dirigentes, atletas. Somos muito mais”.

A torcida são-paulina, aliás, ganhou um carinho especial do treinador.

“Talvez seja tanta alegria que dificilmente vamos conseguir entender a dimensão, mas a felicidade que muita gente, muitos meninos, veem o São Paulo campeão pela primeira vez. Para mim é fantástico. Isso é o que o futebol pode fazer na vida da gente, levar alegria à casa das pessoas. Futebol é mágico. É magia pura. Para nós, dar esse presente aos torcedores é fantástico, uma sensação fantástica”.

Em meio aos elogios à diretoria, Hernán Crespo destacou Muricy Ramalho, ídolo, ex-técnico, ex-jogador e que se emocionou durante a conquista, agora como coordenador de futebol do clube.

“Grande, grandíssimo Muricy Ramalho, a quem eu quero agradecer pessoalmente, pela pessoa, personalidade, humildade”.

“Todos, do roupeiro ao nutricionista, doutores, psicóloga, muita gente que trabalha com sonho de ver o São Paulo campeão. Talvez minha cara seja a expressão visível de tudo isso, mas atrás há um monstro, uma máquina muito grande, que está contente, que puxa para a vitória”.

Ainda em campo, Crespo chegou a se afastar da festa para atender uma chamada de vídeo pelo celular. Neste momento, o técnico segurou o choro para responder.

“Eram minhas filhas, que estão na Itália. De frente, olhando pelo computador, olhando o jogo, festejando. Futebol é mágico. As distâncias voltaram a ficar pequenas. Com minha família, estamos fazendo muitos sacrifícios. Para mim, o sorriso das minhas filhas era o máximo. Ver, olhar elas no telefone, contentes pelo São Paulo, pelo pai… É o máximo que um pai pode ter”.

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