Daniel Alves não desiste do sonho de ir à Copa de 2022 e diz: “Brasil é cemitério de técnicos e jogadores”

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GloboEsporte

Jogador rasga elogios a Fernando Diniz e avisa: “Minha chama ainda está acesa”

Aos 37 anos, Daniel Alves segue cheio de gás e sem papas na língua. Em entrevista ao site do jornal inglês “The Guardian”, o jogador do São Paulo disse que sua “chama ainda está acesa”, reafirmou o sonho de disputar a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e criticou a gestão do futebol no País.

– O Brasil é um cemitério de treinadores e jogadores. Nosso sistema se baseia nas coisas serem sempre as mesmas. Quando você tenta algo diferente, as pessoas ficam contra você, por que se funcionar isso vai mudar o sistema inteiro – declarou.

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Daniel Alves não esteve nas convocações de Tite para as quatro primeiras rodadas das Eliminatórias, mas nem por isso desistiu de disputar o próximo Mundial, no ano que vem.

– A Copa do Mundo é um sonho que eu não vou desistir. Eu vou lutar para me manter em alto nível e ter essa última experiência na Seleção. Esse é o meu desafio. Não é só um sonho. Eu vou competir. Agora é hora de trabalhar e construir. O que me motiva é a competição e os sonhos. Enquanto eu estiver vivo vou lutar pelos meus sonhos – comentou o capitão do Brasil no título da última Copa América, em 2019.

Daniel Alves, do São Paulo, sonha em disputar a Copa do Mundo de 2022 — Foto: Reprodução/Twitter

Daniel Alves, do São Paulo, sonha em disputar a Copa do Mundo de 2022 — Foto: Reprodução/Twitter

Assim como já havia feito em outras oportunidades, Daniel Alves rasgou elogios a Fernando Diniz, ex-comandante do São Paulo.

O veterano colocou Diniz entre os três melhores treinadores com quem trabalhou, ao lado de Tite e Pep Guardiola, e falou que ele “não é técnico para o Brasil”.

– Você pode dizer: “Ele não ganhou o título”. Mas eu não estou falando disso, eu estou falando sobre futebol. Eu admiro ele muito. Ele se importa com as pessoas, tem muitas ideias sobre futebol e ele sabe o que quer do futebol.

Dani Alves também comentou sobre o posicionamento dele em campo. Ao chegar ao São Paulo, ele recebeu a camisa 10 e passou a atuar no meio de campo. Porém, com a Hernán Crespo, técnico que assumiu o Tricolor no começo desta temporada, o jogador voltou a ser escalado na lateral direita, sua posição de origem.

– Estou sempre estudando para melhorar meu jogo. Porém, infelizmente, eu vivo em um país no qual Joshua Kimmich jogando de meia é muito legal, mas eu jogando não é. Por quê? Eu posso jogar em qualquer posição. Eu atuei no Paris Saint-Germain como meia. Quando eu estava lá, (o técnico) Thomas Tuchel me falou que o lado direito do campo era muito pequeno para mim, porque todos os bons jogadores precisam ter a bola o tempo todo – contou o jogador, antes de arrematar:

– Ele disse que era um desperdício me ter como lateral direito. É engraçado. No Brasil, eu tenho que ser lateral porque eu fui o melhor lateral-direito do mundo. Mas se eu voltar a ser lateral, eles vão dizer que estou velho. Olhe as estatísticas. Eu estou jogando bem. Qualquer um que trabalha comigo sabe o que eu posso fazer, não sou uma criança que está começando agora. Minha mente só diz uma coisa: performance. Eu preciso desempenhar. Essa é a minha obsessão.