GazetaEsportiva
A pandemia causada pela covid-19 vem sendo devastadora em muitos aspectos, e no futebol não é diferente. Comparando 2019 com 2020, os clubes brasileiros tiveram uma variação de receitas negativa. Cofres mais vazios, custos mantidos, responsabilidades assumidas e dívidas inevitáveis fizeram parte do panorama futebolístico nacional nos últimos meses, e cada time vem fazendo o possível para driblar os diversos problemas decorrentes do novo coronavírus.
De acordo com estudo realizado pela SportsValue, São Paulo e Corinthians foram os clubes que mais amenizaram os efeitos da pandemia em seus cofres graças a transferências. Tricolor e Timão foram obrigados a negociar alguns de seus atletas para preencher rombos no caixa, mas, ainda assim, tiveram de lidar com o aumento das dívidas.
Para se ter uma ideia, o São Paulo teve uma queda de receita de 10% de 2019 para 2020. O Palmeiras, por sua vez, lidou com um decréscimo de 11%. O Santos é quem mais sofreu: 40% de baixa, enquanto Corinthians conseguiu um aumento de 11%.
Já em relação ao corte de gastos com o futebol, o São Paulo foi quem melhor agiu. O clube do Morumbi diminuiu em 22% seu custo, enquanto Corinthians e Palmeiras, em 2020, aumentaram em 2% em comparação com 2019. O Peixe, por sua vez, contabilizou péssimos números neste quesito: acréscimo de 14% nos custos do futebol.
Campeão da Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Paulista na última temporada, o Palmeiras foi quem teve o maior déficit entre os balanços financeiros dos quatro grandes do estado: R$ 151 milhões. Logo em seguida aparece o São Paulo, com R$ 129,6 milhões, Corinthians, com R$ 123 milhões e Santos, com R$ 119,8 milhões.
Sobre a dívida total dos clubes, o Corinthians é quem tem a situação mais crítica. São R$ 949,2 milhões em dívidas, contra R$ 783,7 milhões em 2019. O São Paulo aparece em segundo, mas bem distante, devendo R$ 575 milhões. O Palmeiras tem um débito de R$ 565,2 milhões, enquanto o Santos deve R$ 539,7 milhões.