Crise trava negócios por atacante estrangeiro no São Paulo; falta de opções limita busca no Brasil

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GloboEsporte

André Hernan, Eduardo Rodrigues e Leonardo Lourenço

Clube prioriza procura por reforço pedido por Crespo a jogadores de outros países.

A busca por um centroavante é uma prioridade para o São Paulo, algo que os dirigentes do clube não escondem. A diretoria, porém, ainda não conseguiu entregar o reforço pedido pelo técnico Hernán Crespo por esbarrar na crise financeira que tomou o Morumbi.

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Até agora, o clube priorizou a busca por esse jogador no exterior. O primeiro a ser procurado foi Jonathan Calleri, que teve passagem curta mas marcante pelo São Paulo em 2016, e que estava no Osasuna.

Sem acerto, os cartolas tricolores foram atrás de Dario Benedetto, do Olympique de Marselha. As negociações Benedetto ainda caminham, mas as dificuldades emperram um acordo. Os valores pedidos pelo atleta e por seu agente, o argentino Christian Bragarnik, estão muito acima das condições do São Paulo, que ainda tenta convencê-los a baixar a pedida.

Darío Benedetto é o alvo principal da diretoria neste momento — Foto: Reprodução / Facebook

Darío Benedetto é o alvo principal da diretoria neste momento — Foto: Reprodução / Facebook

Antes, fez consultas também por Borré, que estava no River Plate, e Ignácio Ramirez, do Liverpool, do Uruguai, mas não avançou para propostas.

As cotações atuais do dólar e do euro, moedas correntes no mercado do futebol, também atrapalham as pretensões do São Paulo.

– Com o Calleri tínhamos conversas, mas quando a coisa partiu para valores estratosféricos que fugiram da realidade de uma contratação, o São Paulo recuou. E no caso do Benedetto tem conversas sim com o Olympique, e aí tem uma série de composições financeiras, de salário – disse o presidente do São Paulo, Julio Casares, ao ge, há uma semana.

Nesse contexto, parece contraditório que o clube, sufocado por dívidas, procure por reforços na Europa, onde as cifras são exponencialmente maiores do que as possibilidades tricolores.

O que empurra os cartolas a essa busca no exterior é o que eles consideram falta de opções no Brasil.

O mercado nacional ficou ainda mais restrito no último mês, quando a maior parte dos jogadores da Série A completou sete jogos no Brasileiro, número que os impede de atuar por outro time no torneio.

O São Paulo contratou jogadores para o ataque nesta temporada. Bruno Rodrigues, que já deixou o clube, Rigoni e Eder chegaram, mas só o último atua na posição que Crespo vê como carente.

Eder, porém, tem sofrido com lesões e esteve em campo em só 20 dos 39 jogos do time até agora. Ele jogou no Jiangsu Suning, da China, até o ano passado e foi contratado sem custo de transferência para o São Paulo.

Nesta temporada, quem mais jogou na posição foi Pablo, com 25 jogos. Ele é o artilheiro do time, com nove gols, mas convive com críticas pelas más atuações. Nos últimos jogos, perdeu vaga para Eder, que se machucou, e depois Crespo preferiu escalar o time com Marquinhos, da base, Rigoni (contra o Racing) e Vitor Bueno (contra o Flamengo).

A vaga de centroavante não tem um dono desde a saída de Brenner, em fevereiro, para o Cincinnati, dos EUA. Sem dinheiro, o São Paulo não fez força para segurar o jogador, vendido pelo equivalente a R$ 80 milhões.

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