Julio Casares reforça respaldo a Crespo, explica dívidas e avalia chance de vendas no São Paulo

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues 

Presidente do Tricolor faz balanço de gestão e vê melhora financeira: “Estamos mais saudáveis”.

Em meio a problemas financeiros e dificuldades para ter todos os jogadores à disposição, o São Paulo conseguiu superar as adversidades e cumpriu as metas do primeiro semestre de 2021, com a conquista do Paulistão, e iniciou a segunda metade com uma classificação para as quartas de final da Libertadores.

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Sob pressão pelo início ruim no Campeonato Brasileiro e com um susto no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, o presidente Julio Casares viveu sua primeira crise no comando do clube, com protestos de parte da torcida e reuniões com Hernán Crespo. Mesmo assim, ele respaldou o técnico, acreditando que a sequência do trabalho era a melhor saída, e espantou parte da pressão na última terça-feira.

– Nesse momento de turbulência é que você tem que reafirmar as suas convicções. Você viu, quando começa um “zum zum”, a gente fala que nosso técnico é o Hernán Crespo com sua comissão técnica. Uma minoria no futebol sugere para trocar, e o futebol não pode ter o imediatismo. O São Paulo mostrou que temos uma comissão e vamos com ela. Estou falando hoje depois que classificou para as quartas, mas se perder vamos continuar o projeto. O projeto não pode ser interrompido. Grandes fracassos de clubes e até alguns que caíram são as trocas de treinadores. O São Paulo mesmo passou por isso nos últimos anos e não traz resultado efetivo – afirmou Casares em entrevista ao ge.

Casares e Crespo em apresentação no São Paulo — Foto: Divulgação

Casares e Crespo em apresentação no São Paulo — Foto: Divulgação

Com graves problemas financeiros oriundos de anos passados, o São Paulo tenta dar uma resposta dentro de campo para alavancar as receitas fora dele. Nos sete primeiros meses na presidência, Julio Casares pegou empréstimos bancários para sanar dívidas de curto prazo.

Quando assumiu o clube, algumas das dívidas podiam gerar problemas esportivos, como a perda de pontos ou até mesmo a eliminação de competições. Com grande parte dessas contas pagas, o orçamento foi comprometido, e o São Paulo agora tenta se organizar para não ter um futuro ainda mais complicado.

– Nós pegamos um dinheiro mais barato, com carência e liquidamos o sufoco do dia a dia. As sanções da Fifa são sanções que impedem o funcionamento. Isso aterrorizava. Eram seis pacotes de dívidas que eliminamos. Com o banco vamos equacionando e amortizando – explicou.

Na entrevista exclusiva ao ge, Julio Casares ainda afirmou que o São Paulo precisa vender jogadores para atingir o orçamento estipulado, explicou a situação de pagamentos de Daniel Alves e fez um balanço dos seus sete primeiros meses na presidência do clube.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

ge: Já é de conhecimento de todos que o São Paulo tem uma enorme dívida, que só se agravou com a pandemia. Recentemente, o clube contraiu dívidas de bancos para pagar algumas pendências de curto prazo. Qual é o objetivo dessa estratégia?
Julio Casares:
 – Quando assumimos tínhamos várias dívidas, com quadros diferentes, mas o que deixava a gente mais preocupado eram as de curto prazo. A do Tchê Tchê na Fifa, a compra do Volpi no Querétaro, dívida com o Tigres em um repasse com o Cueva que não foi feito. Uma dívida com o Pablo que não foi paga para o Athletico e estava em execução, e o Orlando City, do Kaka, que já estava na Fifa. Além desses ainda teve um desconforto com o Zé Roberto Guimarães, do vôlei, que estava sem receber há um tempo e ele estava arcando com as dívidas. Eram seis grandes dívidas que foram equacionadas e quase todas elas quitadas. A que tem uma dívida grande é o Zé Roberto Guimarães. Temos pendências também com agentes de futebol e quase 90% está negociada. E o que é isso? Esticando o prazo, tendo carência para pagar.

– Mudamos o perfil da dívida. Primeiro eu evitei que o time perdesse pontos, sofresse sanção da Fifa, que é muito ruim perante ao mercado. A nossa melhor moeda é a credibilidade, e quando apresentamos um planejamento de ações de contenção de custos, de crescimento do marketing e controle dessa dívida nós fomos ao banco e só dão dinheiro quando se tem crédito. Nós pegamos um dinheiro mais barato, com carência, liquidamos o sufoco do dia a dia. As sanções da Fifa são sanções que impedem o funcionamento. Isso aterrorizava. Eram seis pacotes de dívidas que eliminamos. Com o banco vamos equacionando e amortizando.

Jogadores do São Paulo — Foto: Staff Images / CONMEBOL

Jogadores do São Paulo — Foto: Staff Images / CONMEBOL

E como pagar essas dívidas futuras?
 O São Paulo não vai ficar longe da janela de vender atletas. Temos uma meta no orçamento que assumimos no ano passado. Temos que vender R$ 176 milhões. Vendemos o Brenner, mais alguns e tem uma lacuna para cobrir. Claro que o mercado de pandemia ainda deixou a janela mais fraca. Não sei se teremos grandes propostas e o São Paulo deve vender. Ai começamos a nos organizar. Esses empréstimos são no sentido que o São Paulo precisa dar um salto de organização. Tínhamos um orçamento de Libertadores de chegar nas oitavas de final. Já chegamos nas quartas, houve uma melhora. Na Copa do Brasil a mesma coisa, conservador. A meta é ganhar tudo. Então essas variações começam a melhorar o quadro. Conseguimos um patrocinador máster, devemos ter mais dois patrocinadores em breve. Nós vamos começando a ganhar corpo e trabalhar para amortizar a dívida e mudar seu prazo e equacionar para um futuro.

– Quando o mercado estiver composto, com bilheteria, o mercado ter comprador, o São Paulo é um grande vendedor. Não vamos sair vendendo, mas uma reposição terá. É um planejamento. Quando o São Paulo sai para comprar jogador sabe que pode perder lá na frente. As contas estão equilibradas, o crédito que nós temos é importante. O São Paulo dá sinais de que pode sinalizar que a dívida está controlada e que ela não aumente. Nossa preocupação é fazer um time competitivo, ganhar com premiações e a glória esportiva, mas sinalizar um fortalecimento para o futuro. Não temos a preocupação entre ter dívida de banco que negocia ou você tirar essa espada na cabeça que é o processo na Fifa. Fizemos com tranquilidade e tiramos.

Então o São Paulo não descarta vender jogadores nesta janela, certo? Há alguma proposta na mesa?
– São Paulo precisa realmente vender, porque tem o valor do orçamento para cumprir. O mercado não está comprador, mas não temos propostas hoje. Temos sondagens, mas proposta nenhuma. O São Paulo tem um equilíbrio. Preciso vender jogador porque está no orçamento, mas se não vender tenho outras receitas. O marketing já surpreendeu, melhorou muito. Uma pena não ter público, porque teríamos média de 45 mil. Isso é importante. Outra coisa importante que aconteceu foi algo com o Rodrigo Nestor que estava sem contrato e tinha dificuldade de renovar. Acertamos a renovação e tem contrato com garantias. O Luan teve melhora nas condições e com todos os garotos temos assumido as responsabilidades. O que conseguimos renovar, do Nestor e do Luan, que valorizamos, é uma visão de futuro. O São Paulo ainda depende da venda de atletas, é o nosso futebol, precisa vender. Tem também o desejo do jogador por realização profissional. O que coloco sempre é que o jogador tem que deixar um legado esportivo e depois ir. Infelizmente David Neres e Antony, por exemplo, jogaram pouco aqui. Essa mudança que queremos estabelecer.

O São Paulo tem conseguido arcar com os compromissos de 2021 com os jogadores? Há algo atrasado?
– Ainda devemos sim para atletas, já fizemos acordo. Tudo de salário que for de 2020 e direito de imagem que não foram pagos está sendo amortizado. Toda a receita que entra, 10% é para o bolsão de devedores que temos débito e vamos acertando. Os jogadores estão vendo que está tudo bem. Do exercício de 2021 está tudo em dia. O dinheiro do bolsão vale para a venda de jogador, sócio-torcedor, marketing… Vários horizontes em um cenário muito importante é desenhado para o futuro.

A dívida mais alta que o São Paulo tem é com Daniel Alves. Como estão esses pagamentos?
– Primeiro que o Daniel Alves é um grande atleta, não ganhou o que ganhou à toa. Foi campeão Paulista com a gente, foi convocado pela Seleção para a Olimpíada e é incontestável a qualidade técnica. É muito importante para nós, contamos com ele. A dívida está sendo tratada de forma transparente, falo muito com o staff dele e estamos procurando nesse bolo de novas receitas nós mandarmos uma fatia para lá para ir amortizando, então estamos dando sinais de melhora nisso. Um time competitivo ajuda a entrar mais receita.

– A dívida está sendo paga, é a maior dívida, mas ela está indo de acordo com o que a gente pode. Se eu tiver uma notícia muito boa de um dinheiro maior entrando vamos sentar e discutir. O dinheiro do bolsão também vai para ele. A porção dele é maior e vamos equacionando. O Daniel é um grande atleta que treina, luta, se entrega. Estamos procurando parcerias novas e ele é até um agente em certas ocasiões. Mas nós vamos honrar com essa dívida dentro da nossa condição. Estamos amortizando o passado e o presente está em dia. A credibilidade que temos no mercado temos que ter com os jogadores. Sou otimista, mas não vamos abrir mão do projeto.

Daniel Alves comemora classificação do São Paulo em live com Benítez

Daniel Alves comemora classificação do São Paulo em live com Benítez

Como foi tratado o tema da convocação para a Olimpíada?
– Sobre a Seleção posso discutir se ela poderia não desfalcar os clubes, mas tem a vontade do atleta. Eu sou de um tempo que o atleta sonhava com a Seleção. Hoje não. Hoje o garoto pensa no Real Madrid, Barcelona… O Daniel demonstrou a vontade de jogar e nós não estamos aqui para impedir uma situação trabalhista. É um trabalhador que foi trabalhar numa entidade que regula o futebol. Ontem ele participou da live no vestiário depois da vitória… O Igor Vinicius está substituindo bem e esperamos o Daniel Alves para as próximas fases, quem sabe com a medalha de ouro. Precisamos de serenidade. Vejo muitos torcedores falando que tem que impedir, mas é um direito dele, trabalhista. A Seleção, a CBF o Comitê Olímpico são entidades, e não estamos aqui para criar rupturas. Temos que ter elenco para suprir ausências. Perdemos Daniel Alves e Benítez na final e conseguimos o título.

Logo depois da conquista do Paulistão, o São Paulo enfrenta dificuldades no início do Brasileirão e após o empate no jogo de ida da Libertadores você teve o trabalho contestado pela primeira vez por uma maior parte da torcida. Como administrou esse momento?
– Nesse momento de turbulência é que você tem que reafirmar as suas convicções. Você viu, quando começa um “zum zum”, a gente fala que nosso técnico é o Hernán Crespo com sua comissão técnica. Uma minoria no futebol sugere para trocar, e o futebol não pode ter o imediatismo. O São Paulo mostrou que temos uma comissão e vamos com ela. Estou falando hoje depois que classificou para as quartas, mas se perder vamos continuar o projeto. O projeto não pode ser interrompido. Grandes fracassos de clubes e até alguns que caíram são as trocas de treinadores. O São Paulo mesmo passou por isso nos últimos anos e não traz resultado efetivo.

– Tivemos tranquilidade e mexer, mudança radical, passa longe, não admitimos chegar nisso. A liderança tem que estar à frente. Quando a gente está em uma situação desfavorável, vamos focar para sair, temos uma sequência dura agora no Brasileirão e você tem que se posicionar. Fiz meu post, dei meu apoio ao Crespo e sua comissão. Eu sou um dirigente diferente, que está nas redes sociais, tenho meus erros e acertos, mas não sou o tradicional de dizer “o técnico está prestigiado”. Ai vem alguém e fala: “Se falou isso é porque já era…” Não. Estamos prestigiando nossas escolhas. Se demoramos tanto para escolher um treinador, demitir seria rasgar todo o planejamento. Avançamos na Libertadores e qualquer queda que tivermos nas competições não teremos medidas emocionais. A razão está acima da emoção e esse é o São Paulo que vamos entregar para crianças e jovens que voltaram a vibrar pelo futebol.

O que você ainda projeta para esta temporada?
– Ainda vamos ter problema, claro, mas temos que enfrentá-los, não na mesmice. Não é tirando técnico. Eu votei a favor da troca de um só técnico na CBF. Vamos ter problemas no ano, claro, mas há quanto tempo não chegávamos nas quartas da Libertadores? Quanto tempo não ganhava de um time da Argentina? Primeira vitória contra o Racing… Não ganhava clássicos e voltou a ganhar. É uma tendência de bons caminhos, temos que persistir. O 2021 acho que teremos oscilações, mas talvez 2022 já com uma base mais treinada, com calendário mais ajeitado podemos crescer ainda mais. É o que acreditamos.

O São Paulo terminou o primeiro semestre com o título do Paulistão e começa o segundo com a classificação para as quartas de final da Libertadores. Qual o balanço desses primeiros meses de trabalho?
– Fica complicado de falar da gente mesmo, mas não há como não avaliar de forma positiva. O primeiro passo é quando você organiza a dívida, que eu falava na campanha. Eu tinha que organizar e não é fácil assumir no período que você tem as dívidas que coloquei. O que me leva a dizer que a gestão tem um grande resultado e o que avalia. Na área financeira controlamos a dívida. No futebol com todas as dificuldades… Veja bem, quando você não tem dinheiro como monta um elenco? Fomos pincelando jogadores com boas condições técnicas para que com um bom salário pudéssemos dar reforço para um técnico que estava chegando. Vieram jogadores da China que tiveram dificuldade, jogadores sem pré-temporada… Era um primeiro momento e confiamos. Confiamos no Miranda e a resposta está aí, no Benítez e está ai, no Rigoni e está aí. O Eder infelizmente se machucou mas é muito bom jogador.

Miranda durante Racing x São Paulo — Foto: Staff Images / CONMEBOL

Miranda durante Racing x São Paulo — Foto: Staff Images / CONMEBOL

– Alguns ainda não corresponderam e podem corresponder, tem que ter muita paciência. O Orejuela é um grande jogador, foi de seleção e precisa de maturação, tempo. Adaptações de grandes craques do São Paulo, não estou comparando, mas demoraram para se adaptar: Darío Pereyra, Raí. Esses jogadores nos deram com Crespo um título Paulista. Acabamos com um jejum de 16 anos, ajustamos a parte financeira, reimplantamos o sócio-torcedor, remodelamos em menos de seis meses, implantamos normas de “compliance”, que traz governança e meritocracia. Na categoria de base integramos com o profissional e trouxemos nomes do mercado. O Muricy todo mundo conhece e veio para o projeto, e se não fosse sério não largaria uma emissora de TV. O Biasotto na base, o Rui Costa como diretor-executivo e tudo sob supervisão do [Carlos] Belmonte. Em Cotia o investimento está sendo feito, lá é o futuro. Temos o Alex, um treinador com nosso DNA. O Zetti na preparação de goleiros. Há quanto tempo não temos um goleiro formado na base?

– O investimento no futebol feminino, que treinava no clube social e hoje trabalha em Cotia. Contratamos a Formiga, que está na Olimpíada, já com dinheiro de patrocinador. Em todas as áreas o São Paulo está respondendo bem. Minha autoavaliação é muito positiva. Os erros fazem parte do contexto que às vezes você aposta em algumas decisões… Tenho certeza de que a dedicação dos profissionais de trabalhar 15 horas, sem finais de semana gerou frutos. Não vejo muitos erros, não. Tem acidentes de percurso que são normais quando você vai mal no futebol. Você pensa que falta um jogador aqui ou ali, mas na situação econômica não tínhamos e não temos como fazer milagre. Mesmo assim avançamos bem.

E como tem sido esse intercâmbio de jogadores da base com o profissional?
– Cotia hoje está dentro do coração do São Paulo e se faz com integração e na prática. O Crespo trabalha com quatro ou cinco jovens para ser integrado para ficar treinando. Jogadores que estão brilhando no sub-20 e podem voltar para lá. Essa integração é de um técnico corajoso e que avalia. Essa integração de fato avalia. O futebol está integrado, o Biasotto na base faz esse trabalho e na base caminhamos bem.

Hoje o clube está mais saudável?
– Não tenho dúvida. Eu não falo aqui fazendo juízo de valor de gestores anteriores. Eu tenho que olhar para frente, mas não tenho dúvidas que nossas dívidas assumidas estão sendo pagas e comedidas. Vou dar um exemplo do Calleri. Torcida ama e nós gostamos, mas não podemos por uma razão de clamor popular ou por conquistas maiores fazer loucuras para ter um centroavante. Chegamos até dentro da nossa realidade. O custo-benefício do jogador hoje tem que ser levado em conta várias coisas: idade, por onde passou, os números, scout, é uma análise mais ampla… Acredito que hoje estamos mais saudáveis, estamos estabelecendo com prêmios, como o da Libertadores. Nessa o jogador recebe sua parte e outra já vai para o bolsão. Tudo que estamos conquistando já vai para aquele débito. No sócio-torcedor já vai para o bolsão, fornecimento de material, royalties, venda de jogador, quando tiver torcida a bilheteria…

Muito se fala da “reforma na Barra Funda” que você prometeu na campanha. Como tem sido essa questão?
– Ela está acontecendo. Você não faz uma reforma só tirando pessoas, você faz com princípios. Eu dou o exemplo do Muricy, que é um ídolo da torcida, mas com a competência dentro de campo na visão de vestiário, elenco. Ele está e diz que feliz. Integramos o futebol com a base. Trouxemos uma filosofia. Se o São Paulo hoje coloca um jogador tão jovem como o Marquinhos é porque o técnico tem respaldo da base. Biasotto está integrado. Rui Costa um diretor-executivo eficiente. Os princípios básicos estão mudando.

No quesito reforma o São Paulo tem projetos para modernizar departamento médico, por exemplo? Tiveram inúmeras lesões nesse início de temporada…
– As contusões do São Paulo, vamos colocar de forma clara: jogadores que chegaram sem pré-temporada, um veio da China, outro do México, outro da Argentina há muito tempo sem jogar. No Paulistão teve uma rotatividade que com o calendário com jogo a cada 48 horas entramos em uma disputa sabendo dos riscos, e o elenco sentiu. Então você teve várias contusões, musculares e pancadas. Não é por ineficiência da parte médica. Uma coisa ou outra pode ser corrigida, mas pode fazer uma análise do excesso, e esse elenco estourou. Você vê jogadores como Luan, o Miranda… Não é questão médica, é de calendário. Além disso jogadores que vieram de outros mercados.

– Sabíamos disso e dos jogadores que poderiam estourar. E ganhamos o campeonato, deu tudo certo e depois pagamos a conta. Agora é um processo de recuperação de atletas e já começamos a ganhar. Vamos avançar na parte tecnologia para trazer mais estrutura para o departamento médico do São Paulo. Um centro de excelência. Tudo que a ciência e tecnologia da saúde oferece está sendo delineado e logo mais vamos lançar um grande projeto na área de saúde e performance esportiva. Talvez em 40 dias vamos apresentar esse projeto para aperfeiçoar seus profissionais e equipamentos.

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