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Brunno Carvalho
A vitória do São Paulo sobre o Vasco encerrou um jejum de quase dois meses do atacante Pablo sem balançar as redes. Escalado como titular por Hernán Crespo hoje (28), no Morumbi, ele foi o responsável pelo segundo gol do triunfo por 2 a 0, pelo jogo de ida da Copa do Brasil. Durante a entrevista coletiva depois da partida, o atacante se disse aliviado com o fim do jejum de gols. A última vez que ele havia balançado as redes fora na vitória por 9 a 1 sobre o 4 de Julho, também na Copa do Brasil, em 8 de junho. Na ocasião, ele fez três gols.
“Estou muito feliz com o gol, com certeza deu uma aliviada. Vínhamos de uma vitória dura e precisávamos reverter isso. Acredito que fizemos isso. Estou feliz com o gol e espero fazer mais”, disse. A falta de gols fez com que o atacante perdesse espaço no time titular. No jogo de volta da Libertadores contra o Racing, Hernán Crespo apostou no jovem Marquinhos para substituir o lesionado Eder no comando do ataque são-paulino.
O momento ruim fez com que o nome do atacante fosse especulado em outros clubes. O Internacional chegou a ser apontado como um dos destinos, antes de Pablo completar sete jogos pelo São Paulo no Brasileirão. Questionado sobre o boato, o camisa 9 negou o desejo de sair.
“Para mim, não chegou nada, fiquei sabendo pela imprensa. Meu foco é no São Paulo, é ajudar o São Paulo a vencer os campeonatos. Em nenhum momento eu pensei em sair, meu foco é aqui. Já estou acostumado com as críticas, desde que cheguei esperam muito de mim. Faz parte do futebol, levo numa boa. Tento absorver as críticas positivas, mas meu foco é ajudar o São Paulo, fazer gols com a camisa do São Paulo, ganhar campeonatos. Sou feliz aqui, minha família é feliz aqui”, prosseguiu.
Confira outras declarações de Pablo na entrevista coletiva: Conversa com Crespo sobre a perda de espaço A gente conversa diariamente. Obviamente que todos já perceberam que não tem uma equipe titular, a gente mescla muito. Estamos em três competições, viemos de um calendário sem pausa desde a temporada passada, então vai precisar de todo mundo. Acredito que todos têm que estar no melhor nível, sempre para jogar. Eu treino todos os dias para jogar. Rotatividade no time titular.
Essa questão da rotatividade que acontece, aqui no futebol brasileiro não é muito comum. Na Europa, isso acontece muito. E é aqui que deveria ser pela quantidade de jogos que tem. Desde que o Hernán chegou, ele disse que faria isso. Para forma como a equipe joga, com intensidade, marcação pressão, você precisa de quem está 100%, isso é uma coisa óbvia. Se não tiver 100%, não vai render o que o treinador pede. Nosso calendário é muito pesado, é um jogo a cada 72 horas.
A rotatividade é importante, nossa equipe tem jogadores para fazer isso, tem um elenco muito grande, com qualidade, e todo mundo está sempre preparado para jogar. Nós entendemos isso e sabemos que quem jogar estará 100%. Jogar, todo jogador quer jogar. Mas a gente sabe que se tem um companheiro que está 100%, a comissão está vendo isso, tem GPS, dados dos treinos. A comissão está de parabéns por conseguir identificar isso e fazer essa rotação. Querendo ou não, é importante. Não tem como achar um culpado. A gente vem de uma temporada desde o meio do ano passado sem parar. A gente não teve uma pré-temporada para treinar, fazer parte física.
A comissão está em um caminho certo. Você percebe que os que jogam estão 100% para jogar. Isso faz diferença. Temos muitos jogos pela frente ainda, estamos no meio da temporada ainda. Tem que estar todo mundo 100% para render o melhor possível para o São Paulo. Falta confiança em algumas jogadas? Não é falta de confiança, é decisão que o jogador toma. É decisão que acontece durante o jogo, de tomar a melhor decisão possível no momento. Atacante tem que fazer gols, as duas eu poderia ter chutado, tomei outra decisão, mas que bom que não fizeram falta essas duas chances.
Como lida com as críticas nas redes sociais? Essa pergunta é muito legal que você faça. A gente viu nas Olimpíadas a Simone Biles [ginasta] falando sobre a questão mental dos atletas. A cobrança, as críticas, de esperar muito do atleta. Eu acredito… eu não sou aquele cara vidrado em rede social, que fica olhando o tempo inteiro. Acho que isso faz mal para o ser humano em si, as pessoas são muito focadas em rede social. As pessoas têm que entender que não são outras pessoas que definem quem você é. Eu tenho isso muito claro em mim. Não é ninguém que fala o que eu sou, que eu vou ser isso, que eu sou isso. Eu sou o que eu acho que eu sou. As pessoas não me definem. Eu tenho isso muito claro.
Se falam bem, se falam mal, para mim não tem muita importância. Eu sei quem eu sou, sei de onde eu vim, das minhas origens, eu sei a pessoa que eu sou. Então eu tenho isso muito tranquilo na minha mente assim. As questões profissionais fazem parte do futebol, as críticas fazem parte do futebol. É uma pergunta muito legal porque é um assunto muito sério. Isso ficou claro nas Olimpíadas com essa declaração da Simone Biles, de as pessoas esperarem muito dela. Isso com certeza faz mal para qualquer ser humano, quanto mais em atletas de alto rendimento. Então tenho muito claro que ninguém me define, quem define quem eu sou, sou eu mesmo. Eu tenho isso muito claro na minha cabeça.
De verdade, não me importo se me criticam, se me elogiam. Eu sempre vou tentar dar o meu melhor, dar meu máximo. Se eu vou conseguir ou não é outra história, mas eu sempre vou me dedicar para dar o meu máximo. É isso que eu penso e é assim que eu levo a minha vida.
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