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Leonardo Lourenço
Baleado por lesões, time enfrenta o Grêmio, sábado, em duelo contra a degola no Brasileiro.
O empate por 1 a 1 com o Palmeiras, na última terça-feira, no Morumbi, no jogo de ida das quartas de final da Libertadores, deixa o São Paulo em ligeira desvantagem num duelo equilibrado por uma vaga na semifinal do torneio. Um contexto que empurra o técnico Hernán Crespo a uma decisão entre poupar ou não jogadores no fim de semana, quando o time encara o Grêmio no Brasileiro.
A escolha é difícil pela situação do time na classificação do campeonato nacional. O São Paulo é o 16º colocado, com 15 pontos. Está um ponto à frente de América-MG e Cuiabá (esse, com um jogo a menos). O Grêmio está atrás, na vice-lanterna, com 10 pontos – mas dois jogos a menos que a equipe de Crespo. A Chapecoense, bem longe, com quatro pontos, fecha a zona de rebaixamento.
Os números acima deixam clara a importância da partida de sábado, no Morumbi, para um São Paulo com objetivos modestos demais para o time que tem. Mas com tempo e elenco para se livrar do perigo.
Hernán Crespo em São Paulo x Palmeiras — Foto: Staff Images / CONMEBOL
Três dias depois, porém, a equipe enfrenta o Palmeiras num jogo gigantesco. Eliminar o rival coroaria a recuperação do São Paulo após a queda de desempenho que se seguiu ao título no Paulista. Uma eliminação teria consequências imprevisíveis para o restante da temporada, o que inclui a missão de se afastar da degola no Brasileiro.
Mas é preciso dar ao mata-mata da Libertadores, contra um arquirrival que busca igualar o número de títulos tricolores no torneio, a importância que o jogo tem.
Num São Paulo que tem contabilizado lesões por minutos – a última foi a de Welington, contra o Palmeiras –, descansar atletas importantes no sábado para o confronto do Allianz Parque parece ser a decisão mais sensata, ainda que sob o risco de se ver, uma rodada mais, entre os quatro últimos do Brasileiro.
Crespo fez testes nos jogos contra o Vasco e o Athletico-PR, na última semana, que encorajam essa opção. Com o duelo contra o Palmeiras perto no horizonte, modificou bastante a equipe titular e, mesmo assim, venceu duas partidas difíceis, ambas fora de casa.
Comemoração do gol de Luan, São Paulo x Palmeiras, Libertadores — Foto: REUTERS/Sebastiao Moreira
Agora, para o confronto de volta da Libertadores, pode repetir a estratégia. Há candidatos ao descanso, casos de Daniel Alves, que atravessou o planeta – polêmicas à parte – para estar em campo no Morumbi, ou Rigoni, o melhor do time em jogos recentes, a quem é melhor evitar riscos. Miranda, pilar defensivo, voltou de lesão contra o Racing e, desde então, jogou quase todos os minutos das cinco partidas seguintes – só foi substituído no segundo tempo contra o Vasco, no Rio.
O São Paulo demonstrou, no primeiro jogo das quartas, condições plenas de avançar na Libertadores. Contra um time forte, teve o controle no primeiro tempo – ainda que as melhores chances tenham sido do Palmeiras.
Na etapa final, fez o gol no começo e parecia melhor até o empate, num chute de longe de Patrick de Paula, numa falha de Tiago Volpi – que errou ao pedir uma barreira com um só homem e, depois, demorou a reagir quando Pablo furou ao tentar cortar a bola.
Foi um confronto equilibrado, como o desempenho das duas equipes nos últimos jogos sugeria. E como deve ser a partida de volta, na próxima terça. A margem para assumir riscos é pequena.
Com o 1 a 1, o Palmeiras começa o jogo da semana que vem classificado por ter vazado o São Paulo como visitante. O time de Crespo terá que vencer ou, então, buscar um empate por dois ou mais gols para voltar a uma semifinal de Libertadores.
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