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Thiago Braga
Palmeiras e São Paulo se enfrentam na noite desta terça-feira (17) para decidir quem avança à semifinal da Copa Libertadores. Ao Verdão basta não sofrer gol em casa para conseguir a classificação jogando em casa, uma vez que empatou em 1 a 1 no Morumbi, na semana passada, e tem a vantagem por ter marcado gol fora de casa. Já o Tricolor precisa vencer se quiser se classificar no Allianz Parque. Empate a partir de 2 x 2 também leva o São Paulo para a semifinal. Se houver repetição do 1 a 1 do jogo de ida, a decisão da vaga vai para os pênaltis.
Para superar o rival no Allianz Parque nesta noite, o São Paulo pode buscar inspiração em sua própria história. Teria que voltar até o Campeonato Paulista de 1946. Na ocasião, o São Paulo chegou às duas rodadas finais na liderança do Paulistão, com o Corinthians na segunda colocação. Na penúltima rodada, o Tricolor enfrentou o Juventus e goleou por 7 a 0. O Corinthians venceu o Ypiranga por 3 a 2. A rodada final teria o Timão jogando contra o Juventus — partida que acabou 5 a 1 para a equipe do Parque São Jorge —, enquanto o São Paulo teria o clássico contra o Palmeiras para confirmar a vantagem e sagrar-se campeão do Paulistão. Se houvesse empate no Choque-Rei, São Paulo e Corinthians jogariam uma partida extra para definir o campeão paulista daquele ano.
Em 10 de novembro de 1946, Palmeiras e São Paulo entraram no gramado do Pacaembu e protagonizaram um “jogo de Libertadores” antes mesmo de a competição ter sido criada. No início do segundo tempo, o ponta são-paulino Luizinho acertou o goleiro Oberdan e o caos se instalou. Após a confusão, o árbitro expulsou dois de cada lado: Luizinho e Remo, pelo São Paulo, Og e Villadoniga, pelo Palmeiras. Só que o zagueiro argentino Armando Renganeschi, acertado durante a briga, ficou sem condições de jogo.
Como não havia substituições à época, Renganeschi foi deslocado para a ponta-esquerda, enquanto o São Paulo se segurava na defesa. Em um dos raros ataques, Bauer avançou pela direita e alçou a bola na área. O histórico arqueiro alviverde Oberdan Catani foi traído pelo cruzamento. Após a bola bater no travessão, Renganeschi apareceu e empurrou a bola para as redes, fazendo o gol que rendeu ao Tricolor o título de maneira invicta. Se em 1946 o São Paulo teve um argentino como protagonista, pode-se falar que em 2021 a esperança de classificação também reside no país vizinho.
O principal nome do time é Emiliano Rigoni. Desde que o atacante argentino foi contratado, em 17 jogos, fez sete gols e distribuiu cinco passes para gol. Rigoni será titular. Outro ‘hermano’ que pode contribuir é Martín Benítez. Embora deva começar no banco de reservas, o toque de qualidade dele pode ser a diferença para quem precisa ganhar. Além deles, o São Paulo conta com uma comissão técnica majoritariamente argentina, encabeçada pelo técnico Hernán Crespo, contratado justamente por ter sido campeão da edição passada da Copa Sul-Americana.
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