GloboEsporte
Alexandre Lozetti e Raphael Zarko
Campeão olímpico em Tóquio, técnico dirigiu Tricolor entre 2018 e 2019 e deixou cargo após queda na Libertadores; ouça entrevista ao podcast “Sexta Estrela”.
O técnico da seleção brasileira olímpica, André Jardine, afirmou que a sua passagem pelos profissionais do São Paulo, entre o final de 2018 e começo de 2019, foi frustante. Ele foi demitido após a queda da equipe na fase prévia da Libertadores contra o Talleres, da Argentina.
– A passagem no profissional foi frustrante porque não se teve tempo. Se cobra de um treinador que em dez jogos revolucione o elenco e um jeito de jogar, que era antagônico até àquilo que eu gostaria naquele momento. É meio ser cruel achar que o treinador é mágico e não treinador. O treinador para incutir uma cultura de futebol no clube ele precisa de tempo, respaldo, jogadores às vezes, uma reformulação no elenco capaz de entregar jogadores com características com aquilo que ele quer e nada disso foi me dado. No São Paulo me foi dado um rabo de foguete, em um final de Brasileirão com a meta de chegar na Libertadores com jogos contra times que brigavam para não cair. Vasco fora, Chapecoense fora, Sport em casa. Jogos sempre com a corda no pescoço – disse Jardine ao podcast “Sexta Estrela”, do ge.
– Depois um início de Paulista, com uma pré-Libertadores jogando quarta e sábado desde a primeira semana minha no profissional. Foi impressionante, não tive a sorte de ter uma semana cheia em nenhum momento. Nem sequer treinar o time eu pude. E foi muito claro que a gente tinha que passar na pré-Libertadores. Aí a gente pega na pré-Libertadores um time argentino que muita gente desmerecia, mas eu fui um dos que quando vi jogar falei que ia dar trabalho. O treinador é muito bom e hoje todo mundo está reconhecendo agora no Fortaleza, que é o Vojvoda – acrescentou.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
André Jardine foi campeão olímpico em Tóquio com a seleção brasileira — Foto: Vincenzo Pinto/AFP
Após deixar o São Paulo, Jardine foi contratado em abril de 2019 para assumir a equipe sub-20 da seleção brasileira. O treinador participou de todo o ciclo olímpico e, neste ano, comandou a equipe nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
O ouro conquistado nas Olimpíadas despertou interesse de algumas equipes. Jardine afirmou que já recebeu alguns contatos, mas não tomará nenhuma decisão sem antes falar com a CBF. Devido à experiência complicada no São Paulo, o treinador terá cautela para retornar a um clube.
– Para dar uma nova cartada no profissional eu quero ter a convicção de que o clube vai me dar tempo, acreditar no potencial que eu tenho. Eu conheço e sei o que posso fazer – disse.
André Jardine não revelou os nomes dos clubes que já fizeram contato até o momento.
O São Paulo, por sua vez, volta a jogar nesta terça pela Libertadores: enfrenta o Palmeiras pelo jogo de volta das quartas de final, no Allianz Parque. A ida terminou empatada em 1 a 1.
LEIA TAMBÉM:
- Wellington Rato cita “contrato até 2026” e rebate rumores sobre saída do São Paulo
- São Paulo deve ceder Galoppo por empréstimo ao Santos; cláusula gera debate entre as diretorias
- Fora de casa, Basquete Tricolor encara o Minas pelo NBB
- Jéssica Soares segue no Tricolor em 2025
- São Paulo encaminha acerto com o meia Oscar