20 por 20 milhões: pequeno grupo representa torcida na chegada de Calleri

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UOL

Brunno Carvalho

Quem esperava uma multidão viu no aeroporto internacional de Guarulhos na manhã de hoje (2) um pequeno grupo de torcedores do São Paulo aguardando ansiosamente a chegada de Jonathan Calleri. A pandemia da covid-19 e o horário do desembarque do atacante argentino (5h30) desencorajaram muitos dos tricolores que cogitaram se deslocar até o local para receber o novo reforço do clube.

Cerca de 20 torcedores se apertaram nas grades colocadas pela segurança do aeroporto durante cerca de uma hora e meia, entre o pouso do avião e a saída de Calleri por um dos portões. Dividindo espaço com a imprensa, tentavam dar um clima de estádio para o local.

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A primeira tentativa não deu muito certo. O grito de “toca no Calleri que é gol” durou breves dois segundos. “Está meio desanimado isso aí”, disse alguém. Na segunda chance, sucesso. Assim que a imagem do reforço apareceu na fresta da porta, os 20 torcedores explodiram. “O Calleri voltou” e “toca no Calleri que é gol” ecoavam no local, enquanto o atacante dava uma rápida declaração à imprensa.

Calleri chega a São Paulo - Brunno Carvalho/UOL - Brunno Carvalho/UOL

“Estou muito feliz de estar aqui. Espero dar felicidade à torcida e ser feliz também”, disse o argentino. Livre da roda de jornalistas, Calleri ainda parou para tirar fotos com alguns torcedores antes de abraçar os pais, que aguardavam sua chegada ao lado dos funcionários do São Paulo. “Ele foi bem simpático com a gente, tirou foto comigo, ficou um tempo com a torcida”, contou o são-paulino Ramon, 20.

Morador de Guarulhos, ele chegou com amigos ao aeroporto por volta das 4h. “Eu queria que tivesse mais cheio aqui, com mais torcida, mas foi bom. Ver o Calleri é sempre bom”. A mesma sensação teve Caio Lima, 18. Administrador de uma página do Twitter voltada para são-paulinos, a “QG Tricolor”, ele chegou ao aeroporto às 19h de ontem para não correr risco de perder a chegada do atacante argentino. “Eu queria cobrir tudo para a minha página, e como moro em Atibaia fiquei com medo de não ter Uber depois. Preferi chegar cedo”, explicou o torcedor, que diz não ter dormido em nenhum momento. “Só comi um McDonald’s”.

A Independente, principal torcida organizada do São Paulo, optou por não comparecer ao aeroporto para recepcionar Calleri, o que colaborou para o baixo número de torcedores no local. Vale lembrar que a pandemia do covid-19 ainda é uma realidade, e o distanciamento social segue como uma das mais bem efetivas ações de prevenção ao contágio. Os quase 20 milhões de são-paulinos agora aguardam a hora de ver o novo reforço de perto. A volta das torcidas aos estádios em São Paulo está prevista para o início de novembro. Até lá, esses 20 torcedores podem se vangloriar de terem acompanhado de perto a chegada do novo reforço.

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