Com legião gringa no São Paulo, Rojas, Galeano e Benítez têm futuro incerto no Morumbi

GloboEsporte

Eduardo Rodrigues e Leonardo Lourenço

Chegadas de Calleri e Gabriel Neves ampliam para oito o número de estrangeiros no elenco.

As chegadas do volante uruguaio Gabriel Neves e do atacante Jonathan Calleri, anunciados na última segunda-feira, ampliam para oito o número de estrangeiros no elenco do São Paulo e colocam um ponto de interrogação no futuro de pelo menos três deles.

Os novos reforços indicam que há poucas chances de os atacantes Galeano, paraguaio, e Rojas, equatoriano, permanecerem no Morumbi a partir de janeiro. Quem também corre risco é o meia Benítez. Os motivos, porém, são diferentes.

O regulamento da CBF limita a apenas cinco o número de estrangeiros autorizados a constar na súmula de cada partida. Em torneios da Conmebol, por outro lado, não há restrições.

Benitez tem tido problemas físicos no São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Hoje o São Paulo tem oito jogadores de fora do país sob o comando do técnico Hernán Crespo: Arboleda, Benítez, Calleri, Gabriel Neves, Galeano, Orejuela, Rigoni e Rojas. Desses, só Arboleda, Galeano e Rojas não foram contratados nesta temporada – o equatoriano teve o contrato estendido após o Paulista.

Os mais ameaçados pelo limite a gringos são Galeano e Rojas.

O paraguaio, que chegou ao São Paulo para atuar na base, tem contrato de empréstimo até o fim da temporada, quando a diretoria tricolor terá que decidir se irá ou não investir os US$ 600 mil (cerca de R$ 3 milhões) pedidos pelo Rúbio Ñu por 60% dos direitos econômicos do jogador.

O atacante de 21 anos, porém, ainda não correspondeu às expectativas criadas quando ainda defendia o sub-20. No profissional, em 23 partidas, fez apenas um gol.

A avaliação técnica também deixa Rojas mais longe do Morumbi a partir de janeiro, quando termina seu contrato com o São Paulo.

Rojas tem contrato com o São Paulo até dezembro — Foto: Erico Leonan / saopaulofc

O equatoriano passou pouco mais de dois anos em recuperação de uma lesão no joelho, voltou a jogar durante o Paulista e, com algumas boas atuações, conseguiu estender o acordo até o fim de 2021 para ter mais tempo para convencer a diretoria de que poderia permanecer.

Depois disso, porém, passou a ter poucas oportunidades e a não justificá-las em campo. Aos 32 anos, não deve contar com mais uma renovação contratual no São Paulo.

A situação de Benítez é diferente. O meia é querido pela torcida e demonstrou condições de ser titular e importante no time de Crespo. Contra ele, porém, pesam os recorrentes problemas físicos.

O argentino está emprestado até o fim deste ano pelo Independiente, e o São Paulo terá a opção de comprá-lo então. O valor, que o clube não confirma, seria de US$ 3 milhões (R$ 16 milhões).

O investimento é considerado alto para o São Paulo, que a partir de dezembro também começará a pagar parcelas de 360 mil euros (cerca de R$ 2,2 milhões) pelos direitos de Rigoni – outro argentino contratado neste ano, mas que vem tendo mais sucesso no time do que o compatriota.

Galeano está emprestado ao São Paulo — Foto: Fellipe Lucena / saopaulofc

Benítez entrou em campo em 27 partidas na temporada, mas soma apenas 1.322 minutos – uma média de 49 minutos por partida.

O São Paulo já tinha estourado o limite de estrangeiros antes mesmo de contratar Calleri e Gabriel Neves – eram seis.

Até agora, quem tem sofrido mais com essa regra é o lateral-direito Orejuela, colombiano. Ele tem apenas oito jogos na temporada e muitas vezes fica fora até mesmo do banco de reservas.

Orejuela, porém, foi o maior investimento tricolor neste ano, cerca de 2 milhões de euros (R$ 12,2 milhões), e tem um longo contrato até março de 2025.

O São Paulo terá tempo para receber seus novos jogadores. Como teve o duelo contra o América-MG, pela 19ª rodada do Brasileiro, adiado, o time só volta a campo no dia 12 de setembro, contra o Fluminense, no Rio.

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