De Leônidas a Cerezo, Gabriel Neves carrega legado de bigodudos no SPFC

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UOL

Brunno Carvalho

Dos mais fininhos aos mais volumosos, os bigodões são marca importante da história são-paulina. Desde lá atrás com o gênio Leônidas da Silva até os anos 1990 com Toninho Cerezo, foram vários os jogadores que adotaram o estilo enquanto vestiam a camisa tricolor. Agora o responsável por levar adiante esse legado é o novo reforço Gabriel Neves, que você já pode chamar de “Bigodón Tricolor” ou “Gabigode”, como tem sido cogitado nas redes sociais.

Gabriel Neves usa bigode mais ou menos desde quando a puberdade permitiu. “Tenho o bigode há muitos anos, mas não é por nenhuma razão especial. Eu só gosto”, explicou ao site “Pasion Tricolor”, em 2018, quando ascendeu ao time profissional do Nacional.

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Por mais que a moda atual seja bigodinho fininho e cabelinho na régua, o meia uruguaio prefere o estilo Tom Selleck, galã da série “Magnum” – ou o Richard, de “Friends”, para os mais jovens.

Gabriel Neves e Tom Selleck, galã da série "Magnum", dos anos 1980 - Rubens Chiri/São Paulo FC - CBS via Getty Images - Rubens Chiri/São Paulo FC - CBS via Getty Images

O visual de Gabriel Neves lembra a segunda legião de bigodudos que passou pelo São Paulo. Entre o final dos anos 1970 e os anos 1990, o time do Morumbi teve o volante Chicão (com sua feição e jogo intimidadores, campeão brasileiro em 1977), o goleiro Gilmar Rinaldi (campeão brasileiro em 1986), o zagueiro Ricardo Rocha (campeão brasileiro em 1991) e o meia Toninho Cerezo (campeão da Libertadores em 1993 e do Mundial em 1992 e 93) entre os bigodudos mais célebres.

Todos eles fazem parte do memorial de lendas do São Paulo, um lugar que certamente Gabriel Neves sonha alcançar um dia. Antes deles, nas primeiras décadas do futebol, a primeira legião de bigodudos tinha outro estilo. Era algo mais parecido até com os dias de hoje, por incrível que pareça.

As lendas são-paulinas Leônidas da Silva (campeão paulista em em 1943, 45, 46, 48 e 49, num dos períodos mais dominantes da história do clube) e Gino Orlando (segundo maior artilheiro da história do time, tendo jogado de 1952 a 1962, era que precede o lançamento do Morumbi), ou até mesmo Araken Patusca (duas passagens nos anos 30) gostavam de algo mais sútil, com pouco volume, apenas para marcar a distância entre o nariz e a boca.

Com muito ou pouco bigode, Gabriel Neves se prepara para escrever sua história no São Paulo. Ele deve começar a trabalhar hoje (1) com o elenco, depois de ter completado todos os exames médicos. Nas costas, outro peso que será carregado: ele vestirá o número 15, que era do ídolo Hernanes.

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