GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O Ministério Público do Estado de São Paulo apresentou denúncia de fraude e lavagem de dinheiro durante a gestão de Aidar na presidência do São Paulo Futebol Clube. O ex-presidente permaneceu à frente do Tricolor entre 2014 e 2015 e enfrenta acusações de desvio de dinheiro em casos como a contratação do zagueiro Iago Maidana, a contratação do escritório José Roberto Cortez Advogados e o acordo de patrocínio com a Under Armour. A Gazeta Esportiva teve acesso ao processo que contém as informações publicadas inicialmente pelo UOL.
Além de Carlos Miguel Aidar e Cinira Maturana, namorada do ex-presidente à época, o atual secretário-geral do São Paulo, Douglas Schwartzmann, e o conselheiro Leonardo Serafim, então diretor jurídico tricolor na gestão Aidar, estão entre os indiciados.
De acordo com investigações do MP-SP, Carlos Miguel Aidar e Cinira Maturana subtraíram para si pelo menos R$ 752 mil em prejuízo do São Paulo Futebol Clube. O órgão também aponta que Leonardo Serafim, então diretor jurídico do clube, teria recebido ao menos R$ 70 mil após aprovar a contratação do escritório José Roberto Cortez Advogados, pagando honorários acima da média, embora o Tricolor contasse com a atuação do renomado jurista Ives Gandra em colaboração pro bono, ou seja, de forma voluntária.
Leonardo Serafim foi procurado pela reportagem, mas até o momento da publicação não respondeu os contatos.
Já Douglas Schwartzmann, diretor de marketing e comunicação do São Paulo durante a gestão de Carlos Miguel Aidar, é acusado de ter participado de lavagem de capital no valor de R$ 100 mil.
Em contato com a reportagem da Gazeta Esportiva, Douglas Schartzmann, hoje secretário-geral do São Paulo na gestão de Julio Casares, garantiu que não possui qualquer envolvimento com ilicitudes durante a gestão de Carlos Miguel Aidar e sequer foi notificado oficialmente pela Justiça.
“Desconheço esse caso e, quando for comunicado oficialmente e tomar conhecimento, provarei a minha inocência, e com certeza não serei processado, porque a enuncia no meu nome será derrubada”, disse Schwartzmann.
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