GloboEsporte
José Edgar de Matos
Equipe apresenta bons momentos, porém novamente tropeça dentro de casa.
Agridoce. Esse é o tempero da reestreia de Rogério Ceni no comando do São Paulo. O sabor do empate por 1 a 1 com o Ceará, no Morumbi, pelo Brasileirão, contrasta com os bons momentos apresentados durante a maior parte do confronto, com volume, intensidade e chances criadas para o time tranquilamente deixar o gramado com três pontos.
Porém, o São Paulo saiu do Morumbi com apenas um e ainda diante de uma situação incômoda na tabela. O Tricolor é o 13º colocado com 31 pontos, quatro acima do Bahia, o primeiro time dentro da zona de rebaixamento.
O resultado é ruim, mas Ceni testemunhou pontos positivos neste primeiro jogo, alguns já apresentado nesta mesma temporada, mas perdidos conforme a queda de desempenho do time sob o comando de Hernán Crespo.
Rogério Ceni fez a reestreia pelo São Paulo na última quinta-feira — Foto: Marcos Ribolli
O São Paulo diante do Ceará teve intensidade, com e sem a bola nos pés. Mais ofensivo por escolha de Rogério Ceni, o Tricolor finalizou 25 vezes ao gol de Richard, que defendeu sete bolas e foi um dos protagonistas.
Ao mesmo tempo em que jogou, a primeira versão de Ceni deixou jogar. O Ceará finalizou 12 vezes e exigiu seis defesas de Tiago Volpi, que pelo terceiro confronto consecutivo teve destaque e saiu como um dos destaques da equipe tricolor.
Veja a coletiva de Rogério Ceni, do São Paulo, após o empate com o Ceará
Dante deste primeiro recado, a missão de Rogério Ceni é encontrar um equilíbrio. O tempo é curto, o calendário intenso e a situação da tabela desconfortável. Esse é o contexto do ídolo são-paulino após a reestreia e diante de uma reta final de temporada que pode terminar amarga.
O que deu certo
Ceni terá pouco tempo para acertar o São Paulo nesta reta final de temporada — Foto: Marcos Ribolli
Rogério Ceni promoveu mudanças importantes logo na primeira partida no comando do São Paulo. A principal alteração foi no meio-campo, com quatro jogadores espaçados no formato de losango e com maior liberdade de movimentação.
Sem Luan, desfalque de última hora, Ceni escalou Liziero, Igor Gomes, Gabriel Sara e Martín Benítez. Do quarteto, Igor Gomes e Benítez juntos deram volume ofensivo e participaram das principais jogadas do São Paulo ao lado de Luciano, também livre para participar das movimentações.
Neste desenho, Igor Gomes foi quem cresceu mais de desempenho. Com competividade e intensidade, o meia voltou para a posição de origem com direito a bola na trave. Sem a menor dúvida, ganhou pontos nesta primeira exibição para o novo comandante.
O que deu errado
Rogério Ceni conversa com Welington: o lateral-esquerdo perdeu a posição nesta quinta — Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC
Faltou balanço neste mesmo setor de meio-campo. O São Paulo permitiu muitas finalizações contra o gol de Volpi. O sistema defensivo ainda necessita de correções importantes, especialmente para impedir contra-ataques do adversário.
Ceni também precisa respeitar os momentos de Rodrigo Nestor e Welington, jovens que haviam conquistado espaço e se destacavam com Hernán Crespo.
O primeiro entrou no fim da partida, enquanto o lateral-esquerdo viu Reinaldo recuperar a posição e entrou no lado direito na vaga de Orejuela.
Próximos passos
Veja a coletiva de Miranda, do São Paulo, após o empate com o Ceará
Ceni terá três dias para o primeiro grande teste neste retorno ao clube no qual se tornou ídolo. Na segunda-feira, a partir das 20h (de Brasília), o São Paulo recebe o Corinthians no Morumbi.
O treinador não poderá contar com Miranda, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Por outro lado, Arboleda retorna depois de defender o Equador na Data Fifa.
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