GloboEsporte
Bruno Cassucci
Ex-goleiro leva a melhor em retrospecto e só perdeu uma para o ex-lateral.
Os cabelos ficaram mais escassos e grisalhos, o preparo físico já não é o mesmo e as funções atuais de Rogério Ceni e Sylvinho são bem diferentes das do passado. Porém, a rivalidade do Majestoso é a mesma. Vinte e dois anos após se enfrentaram pela última vez como jogadores, Rogério Ceni e Sylvinho se reencontram em clássico entre Corinthians e São Paulo, nesta segunda-feira, às 20h, no Morumbi.
No fim da década de 1990, a dupla travou duelos emocionantes e decisivos, como a final do Paulistão de 98, vencida pelo São Paulo, e a semi do ano seguinte, em que o Corinthians levou a melhor. Foram sete embates ao todo, com vantagem para o ex-goleiro tricolor: três vitórias, duas derrotas e dois empates.
Relembre os sete jogos entre Rogério Ceni e Sylvinho:
- São Paulo 1 x 1 Corinthians – 9/6/1999 – semifinal do Paulistão
- Corinthians 4 x 0 São Paulo – 6/6/1999 – semifinal do Paulistão
- Corinthians 0 x 3 São Paulo – 14/3/1999 – primeira fase do Paulistão
- São Paulo 1 x 1 Corinthians – 10/2/1999 – Torneio Rio-São Paulo
- Corinthians 1 x 2 São Paulo – 28/1/1999 – Torneio Rio-São Paulo
- São Paulo 3 x 1 Corinthians – 10/5/1998 – final do Paulistão
- Corinthians 2 x 1 São Paulo – 3/5/1998 – final do Paulistão
Rogério Ceni e Sylvinho se enfrentam em Majestoso nesta segunda-feira — Foto: Infoesporte
Os dois são separados por apenas um ano de idade. Rogério Ceni tem 48 anos, enquanto Sylvinho está com 47.
Mesmo assim, eles acabaram se enfrentando poucas vezes ao longo das carreiras. Em 1999, Sylvinho foi para o Arsenal, da Inglaterra, e depois seguiu carreira na Europa, passando por Celta de Vigo e Barcelona, da Espanha, e Manchester City, da Inglaterra. Enquanto isso, Rogério dedicou toda a trajetória como jogador ao São Paulo, tornando-se um dos maiores ídolos do clube.
Em 1999, Corinthians faz 4 a 0 sobre o São Paulo na semifinal do Campeonato Paulista
Ambos ainda são treinadores em início de carreira, com inspirações em escolas de futebol semelhantes, mas com trajetórias e momentos diferentes.
O ex-goleiro teve a primeira experiência como técnico em 2016, no próprio São Paulo, e desde então já comandou Cruzeiro, Fortaleza e Flamengo, clube pelo qual foi campeão brasileiro no início do ano. Já o ex-lateral está em seu segundo trabalho e somente o primeiro no Brasil – ele estreou na carreira à frente do Lyon, em 2019, permanecendo apenas 11 partidas no cargo.
Sylvinho está invicto em clássicos pelo Corinthians — Foto: Marcos Ribolli
Os objetivos de momento também são distintos. Enquanto Sylvinho tenta colocar o Corinthians entre os primeiros colocados – entra na rodada na sexta colocação –, Rogério Ceni voltou ao Tricolor para afastar o risco de rebaixamento.
O Majestoso marcará o primeiro clássico de Rogério na volta ao comando do São Paulo. Como goleiro, ele protagonizou grandes embates contra o Corinthians. Em 2011, por exemplo, marcou o 100º gol de sua carreira em cobrança de falta diante do rival. Ceni ainda fez outros dois gols sobre o Timão, ambos de pênalti. No total, foram 67 partidas, com 21 vitórias tricolores, 21 empates e 25 triunfos corintianos.
Já como treinador, ele enfrentou o Timão nove vezes e só venceu a última, pelo Flamengo – teve também quatro empates e quatro derrotas, considerando jogos comandando São Paulo e Fortaleza.
Rogério Ceni reestreou pelo São Paulo na quinta-feira — Foto: Marcos Ribolli
Sylvinho, por sua vez, fará seu quinto clássico como treinador. Ele está invicto até agora, com um empate com cada um dos três rivais do Corinthians e uma vitória sobre o Palmeiras.
No Majestoso desta segunda, as atenções estarão voltadas não apenas para o que acontece em campo, mas também para os treinadores à beira dele. Para Sylvinho, no entanto, ele e Rogério Ceni serão meros coadjuvantes:
– Acredito que a grandeza dos clubes está muito acima de qualquer atleta ou treinador. É bonita a história do Rogério no São Paulo e eu também tenho a minha no Corinthians, mas os clubes estão acima. E os grandes protagonistas são os atletas e, óbvio, as camisas.
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