Treinador fez reestreia no comando do Tricolor no empate em 1 a 1 contra o Ceará
Por Eduardo Rodrigues — GE
De volta ao São Paulo, Rogério Ceni explicou a frase dita no Flamengo, em novembro de 2020, e que causou descontentamento em parte da torcida do Tricolor. A sua reestreia pelo clube que o projetou, nesta quinta-feira, diante do Ceará, foi com pouca euforia e com uma torcida dividida, entre aplausos e vaias ao ídolo no empate por 1 a 1 pela 26ª rodada do Brasileirão.
Naquela ocasião, Ceni afirmou que mesmo trabalhando por tantos anos no São Paulo, um “clube de massa”, a atmosfera do Flamengo era diferente. A declaração não pegou bem com os são-paulinos, que em determinado momento não queriam o retorno de Ceni.
– Eu acho que a minha relação com o São Paulo é eterna. Se durante 25 anos deixei minha vida aqui dentro, e tem pessoas descontentes, eu lamento. Eu, se o torcedor gritar ou não (meu nome), vou estar sempre próximo e respeitando. Foi o torcedor que me sustentou e me colocou aqui durante esse tempo todo. Para mim é um prazer estar no clube que é praticamente minha casa. Com o passar do tempo, com os resultados… – afirmou o treinador.
– O São Paulo é minha casa. A torcida, seja Independente, Dragões, tenho o maior carinho e respeito por todos. A declaração que eu dei no Flamengo, que é uma grande instituição, um ótimo lugar para trabalhar e me possibilitou ser campeão, é que em São Paulo a torcida é dividida entre os três grandes. No Rio de Janeiro existem mais de 700 favelas. É praticamente uma inserção social vestir a camisa do Flamengo, você faz parte da comunidade, do grupo. Essa é a grande diferença. Eu tenho respeito por todos os times, e isso não diminui o quanto eu gosto e me identifico com o São Paulo – acrescentou.
Apesar do empate em 1 a 1 nesta quinta-feira, a torcida fez um protesto contido, com poucas vaias a fim do jogo. Provavelmente um reflexo do que a equipe mostrou dentro de campo.
Durante os 90 minutos, o São Paulo foi ofensivo e chegou com perigo ao gol adversário em várias ocasiões. A virada no placar parecia questão de tempo, mas a falta de pontaria dos atacantes atrapalhou os planos.
– O São Paulo é um time que tenta ser propositivo, mas nem sempre consegue. Tentamos dentro das características que o time tem, e o Crespo trabalhava. Talvez um posicionamento um pouco diferente, mas ser dominantes no jogo. E acho que fomos. Finalizamos bastante, tivemos a bola, mas uma pena não conseguir a vitória – analisou Rogério Ceni.
O resultado fez o São Paulo ir aos 31 pontos e permanecer na 13ª colocação do Brasileirão. A quatro pontos da zona de rebaixamento, Ceni afirmou que não pensa em queda para a Série B neste momento e que trabalhará olhando para a parte de cima da tabela.
– Eu não penso em rebaixamento, penso em ganhar o próximo jogo. Um clássico, um Corinthians que chega bem mais ajeitado, com reforços, se impondo. Nós vamos estudar uma maneira de enfrentar o Corinthians para vencer e subir. Temos que pontuar. Hoje era para sairmos vitoriosos, mas a bola não quis entrar. Vamos trabalhar olhando para cima, não para baixo. É trabalho, é trabalho. Momento de pensar no próximo jogo e nada além disso – comentou.
O próximo jogo do São Paulo será na segunda-feira, às 20h, diante do Corinthians, no Morumbi, pela 17ª rodada do Brasileirão. O Tricolor soma seis empates consecutivos na temporada.
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