GloboEsporte
Alexandre Lozetti e Eduardo Rodrigues
Técnico do Tricolor conta com jogador e perguntou se estava liberado para colocá-lo no clássico. Ceni também não se opôs a retorno do auxiliar Milton Cruz.
Antes de o São Paulo disputar o clássico contra o Corinthians, o técnico Rogério Ceni perguntou à direção se havia alguma orientação para não escalar o atacante Pablo, cujo contrato seria automaticamente estendido até o final de 2023 se ele entrasse em campo mais uma vez.
Ceni ouviu dos chefes que não havia qualquer determinação nesse sentido e recebeu aval para colocá-lo ou não nos jogos.
O treinador conta com Pablo em seu projeto para o Tricolor. Acredita que pode ajudar o centroavante a recuperar seu melhor futebol. Diante do “sim” da direção, lançou o camisa 9 para substituir Calleri, que fez o gol da vitória por 1 a 0 e, mais tarde, deixou o clássico com um edema na coxa direita.
Pablo não havia participado dos últimos quatro jogos sob o comando de Hernán Crespo. Por isso, Ceni quis saber se havia uma orientação ou se tratava de opção do argentino.
Pablo, do São Paulo, em duelo contra o Corinthians — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Se, por um lado, o ex-goleiro recebeu permissão para escalar Pablo, por outro ele avalizou a mudança de Milton Cruz do CT de Cotia para o da Barra Funda. Pouco depois de ser contratado, partiu do presidente Julio Casares e do coordenador Muricy Ramalho a pergunta se a presença de Milton no dia a dia causaria algum incômodo.
Rogério respondeu que não, mas não foi ele quem pediu o acréscimo do profissional que, até então, trabalhava na transição de jogadores entre a base e o time principal.
Ele e Milton Cruz tiveram ótimo relacionamento em suas épocas de goleiro e auxiliar-técnico, quando conviveram por 21 anos, entre 1995 e 2015. A comissão técnica de Ceni é formada pelos auxiliares Charles Hembert e Nelson Simões e o preparador físico Danilo Augusto. É possível que ele receba algum reforço futuramente.
Por falar em reforços, Rogério ainda não conversou com a diretoria sobre nenhum jogador que possa chegar ao São Paulo daqui para frente, e foi informado sobre a delicada situação financeira que o clube enfrenta.
Rogério Ceni e Milton Cruz no São Paulo, em 2015 — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Devido ao problema com as dívidas, que ultrapassam os R$ 600 milhões, o clube pretende vender alguns atletas na próxima janela para equilibrar as finanças. Os garotos revelados nas categorias de base são os principais alvos da Europa.
O volante Luan, por exemplo, recebeu uma sondagem do Porto, de Portugal, na janela do meio do ano. O clube quis saber qual era a sua situação para uma possível transferência no início de 2022.
Ceni ainda pode perder atletas como Rojas, Galeano e Benítez, que tem contratos até o final deste ano. Os dois últimos estão emprestados, e o São Paulo pretende buscar um novo empréstimo com Rubio Ñu, do Paraguai, e Independiente, da Argentina, respectivamente.
LEIA TAMBÉM:
- Ex-São Paulo e Fluminense, Felipe Alves acerta com o Noroeste
- Com parte do salário de Oscar, patrocínio máster vai render R$ 88 milhões ao São Paulo em 2025
- Por que geração campeã na base não resolve problemas do São Paulo para 2025
- Veja números de Wendell, lateral do Porto que está na mira do São Paulo
- Titular em lado carente, Igor Vinícius não foi procurado para renovar