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Brunno Carvalho
O relógio ainda nem marcava dois minutos de jogo no Beira-Rio quando Éder aproveitou um vacilo da defesa do Internacional, no meio de campo, para dar um ótimo passe em profundidade para Rigoni. O argentino se livrou do goleiro, fingiu que ia cruzar e chutou em um gol vazio para abrir o placar para o São Paulo, pela 10ª rodada do Brasileirão, em 7 de julho deste ano. Com Luciano ainda lesionado, Éder e Rigoni pareciam formar o ataque ideal para um São Paulo que tentava reencontrar o rumo depois do título paulista.
No intervalo daquela partida, no entanto, Éder deixou o campo com um problema muscular que marcaria o fim de seu bom momento no São Paulo. Ele vinha de duas assistências consecutivas. Diante do Racing, pelas oitavas de final da Libertadores, ele chegou a ser escalado como titular, mas deixou o gramado aos 28 minutos do primeiro tempo, mais uma vez com uma lesão muscular.
As lesões colocaram Éder no fim da fila de Hernán Crespo. Depois de se recuperar dos problemas físicos, ele entrou em campo apenas mais quatro vezes sob o comando do argentino: contra o Palmeiras e Juventude, em agosto, Fortaleza, em setembro, e Chapecoense, em outubro. Desde que Ceni chegou ao comando do São Paulo, Éder seguiu com poucas chances. Foram 9 minutos no empate com o Ceará e 11 na derrota para o Red Bull Bragantino. Pessoas próximas ao atacante ouvidas pelo UOL Esporte dizem que ele está empolgado com as primeiras semanas de trabalho de Ceni, mas entende que a situação com Hernán Crespo o deixou no fim da fila de atacantes no São Paulo. Ainda assim, ele acredita em uma volta por cima no Morumbi.
Apesar das chances escassas, Éder apresenta números semelhantes às outras opções para o ataque do São Paulo. Ele, Calleri e Pablo participaram de três gols cada do time no Brasileirão. Enquanto os dois rivais fizeram isso com bolas na rede, Éder fez um gol e deu duas assistências. A grande chance do atacante talvez seja mais uma vez contra o Inter. Rigoni e Calleri ainda se recuperam de lesões e dificilmente começarão jogando – o camisa 9 não deve nem ir para o banco de reservas. Com isso, as opções de parceiros de ataque de Luciano diminuem. Além de Éder, Ceni tem à disposição Pablo, que foi titular na última partida, Rojas e os jovens Marquinhos e Juan.
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