GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
Desde a chegada de Rogério Ceni Liziero vem sendo obrigado a se reinventar. Acostumado a atuar como segundo volante, tendo liberdade para subir ao ataque e ajudar na construção das jogadas, o camisa 14 do São Paulo agora vive realidade bem diferente, sendo obrigado a proteger a zaga com a ausência de Luan, e, pelo menos por enquanto, vem tendo sucesso nessa missão.
Nesta segunda-feira, contra o Corinthians, muitos torcedores ficaram receosos em relação à função de Liziero, que tinha que combater o meio-campo do Corinthians composto por Cantillo, Giuliano e Renato Augusto, mas quem pensava que a defesa do São Paulo ficaria completamente exposta, se enganou.
“Eu não me vejo como volante de marcação, minha característica é um pouco diferente. Quando marcamos todos juntos, um ajuda o outro. Sou mais de construir jogadas, de passe. Para mim, é tranquilo, porque sabemos que se corrermos juntos, sempre vai ter alguém pra compensar quando faltar algum espaço”, disse Liziero.
Mas, não faltou. Com uma disciplina tática de se ressaltar, o São Paulo conseguiu frear o ímpeto do Corinthians, que se viu obrigado a abusar das bolas aéreas. Além de Liziero, Gabriel Sara, Igor Gomes e até mesmo Benítez souberam preencher bem o meio-campo para bloquear as investidas alvinegras.
Não por coincidência os meio-campistas do São Paulo foram os principais nomes do clássico. Igor Gomes novamente criou algumas oportunidades de gol, Sara apareceu como boa opção pela esquerda, explorando o corredor, e Liziero participava do início de praticamente todas as jogadas, sendo o elo entre defesa e ataque.
Agora, o desafio será manter a toada contra o Red Bull Bragantino, mais um adversário que figura nas primeiras colocações da tabela e oferecerá grandes dificuldades para o São Paulo em Bragança Paulista. Até lá, o técnico Rogério Ceni terá uma semana livre para poder trabalhar com o elenco com mais calma após a correria dos primeiros dias à frente do Tricolor.
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