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Danilo Lavieri
O empate na estreia de Rogério Ceni mostrou um São Paulo que melhorou ofensivamente, mas que sofreu muito defensivamente. Tudo isso contra o Ceará, que luta na zona intermediária da tabela. Daqui para frente, em seis dos sete próximos jogos, os desafios serão diante de times que brigam pela parte de cima da classificação. A começar pelo clássico de segunda-feira, contra o Corinthians. Depois, a sequência ainda tem Red Bull Bragantino, Internacional, Bahia, Fortaleza, Flamengo, Palmeiras e Athletico. Desses, só os baianos não têm a Libertadores como objetivo da temporada, mas o confronto é igualmente importante para que a possibilidade de rebaixamento diminua ainda mais.
Será fundamental um bom número de pontos nessa sequência para que as partidas da reta final não virem decisões contra adversários diretos. Os últimos confrontos do ano são Grêmio, Sport, Juventude e América-MG, todos que estão na mesma zona de tabela do Tricolor. O São Paulo tem material humano para nem passar perto do risco de queda, mas o ambiente conturbado deu mostras dentro de campo no jogo de quinta-feira (14). Extremamente nervoso, o time perdeu gols que não poderia perder e ouviu vaias da torcida. Até mesmo nome do demitido Hernan Crespo foi lembrado e dividiu a idolatria até então questionável de Ceni.
Ao assumir o time, o ex-goleiro precisa da confiança de seus atletas para mostrar uma reação rápida, antes que a pressão aumente ainda mais. Já é fato mais do que conhecido das principais torcidas do país que um time grande na zona de rebaixamento sofre muito mais para sair por causa da cobrança. Hoje, essa folga tem o tamanho de quatro pontos.
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