Trocas de comando, caras novas e título: o que mudou no São Paulo desde goleada para o Inter

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GloboEsporte

Jogo pelo Brasileiro, em janeiro, marcou derrocada da equipe que brigava pela taça com Diniz.

O São Paulo receberá o Internacional neste domingo, no Morumbi, pela 29ª rodada do Brasileirão, pela primeira vez desde a goleada por 5 a 1, sofrida em janeiro, pela 31ª rodada da edição de 2020.

Desde então, Rogério Ceni, atual comandante, é o quarto treinador (contando um interino) a liderar a equipe do Morumbi em 2021. A instabilidade no cargo se tornou regra no São Paulo dos últimos anos.

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Fernando Diniz era o comandante na noite do dia 20 de janeiro, quando o São Paulo sofreu a derrota que marcou a derrocada da equipe que, até então, liderava o Brasileiro – acabou na quarta colocação.

Yuri Alberto marca na goleada do Inter sobre o São Paulo em janeiro — Foto: Ricardo Duarte / Internacional

Yuri Alberto marca na goleada do Inter sobre o São Paulo em janeiro — Foto: Ricardo Duarte / Internacional

A goleada levou o Inter à liderança, posto que perderia depois, com o Flamengo sendo campeão nacional. Diniz ainda resistiu até o final daquele mês, sendo demitido no dia seguinte à derrota para o Atlético-GO.

A função, então, ficou com o auxiliar Marcos Vizolli, que comandou o time até o final da temporada, sem conseguir recuperar a liderança, mas garantindo um lugar na fase de grupos da Libertadores.

Vizolli entregou a equipe para o argentino Hernán Crespo, contratado durante longo processo em que diversos treinadores estrangeiros foram entrevistados pela diretoria tricolor.

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Mas nem o cuidado na contratação, muito menos a conquista do Paulistão, o primeiro título em mais de oito anos do São Paulo, garantiram estabilidade ao ex-atacante.

O time ofensivo do estadual se tornou problemático no Brasileiro, onde chegou a ocupar lugar na zona de rebaixamento – hoje é o 13º, com 34 pontos, só cinco pontos acima da área da degola.

Eliminado também na Copa do Brasil e na Libertadores, Crespo não resistiu, apesar das promessas dos cartolas de que sua saída não era cogitada.

Rogério Ceni durante treino do São Paulo — Foto: Fellipe Lucena / saopaulofc

Rogério Ceni durante treino do São Paulo — Foto: Fellipe Lucena / saopaulofc

No mesmo dia em que a demissão do argentino foi anunciada, horas depois, Rogério Ceni retornou ao São Paulo, onde iniciou a carreira de treinador em 2017.

O ex-goleiro, que entre uma passagem e outro se tornou ídolo do Fortaleza, teve problemas no Cruzeiro, e conquistou títulos no Flamengo, fará o quarto jogo neste Brasileiro. Até agora, tem um empate (Ceará), uma vitória (Corinthians) e uma derrota (Red Bull Bragantino).

Se a cadeira do treinador trocou de dono várias vezes desde o 5 a 1 de janeiro, dentro de campo o São Paulo também teve mudanças.

Do time que foi titular contra o Inter há 10 meses, Juanfran, Daniel Alves, Tchê Tchê e Brenner já saíram. Bruno Alves e Léo hoje são reservas, e Luan está machucado. Daquela equipe, Thiago Volpi, Reinaldo, Gabriel Sara e Luciano devem começar a partida de domingo no Morumbi.

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Ceni tem a expectativa de contar com os atacante Rigoni, que se recupera de problemas musculares, para reforçar o setor ofensivo da equipe – o São Paulo tem o segundo pior ataque da competição, com 22 gols.

Calleri, autor de três gols nos últimos quatro jogos pelo clube, deve ser desfalque, assim como Rodrigo Nestor. Ambos não trabalharam com o elenco na última sexta-feira e se encontram sob orientação dos fisioterapeutas.

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