GazetaEsportiva
Na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, no domingo, no Morumbi, o São Paulo surpreendeu e voltou a utilizar um sistema com três zagueiros. Com Arboleda, Miranda e Léo como titulares, o técnico Rogério Ceni não usou uma formação com quatro defensores pela primeira vez desde que assumiu o comando da equipe.
A mudança deu certo, e o Tricolor teve uma boa atuação pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após a partida, Ceni explicou a escolha pelo esquema com três zagueiros e exaltou Léo, principal surpresa na escalação.
“Primeiro é que o Léo vem treinando muito bem, me corta o coração deixá-lo fora. Segundo é que eu não tenho o Calleri na frente, então obviamente eu tenho que jogar com o Rigoni, que não tem bola área. O Inter é uma equipe forte na bola área, apesar da ausência do (Rodrigo) Dourado, que é um bom cabeceador. Então eu precisava levantar um pouco a altura do time. Nós já sofremos gol contra o Bragantino na bola parada. Com a ausência do Calleri eu precisava de algum jogador na bola área, e o Léo era a melhor opção que nós tínhamos”, disse Ceni.
“Uma dessas foi a altura, e a outra porque o Léo merecia uma oportunidade, já vinha jogando muito bem. Queria botar ele para jogar essa partida, calhou pela altura que nós precisássemos jogar com ele. Acho que fizemos bem. É natural que seja uma surpresa, porque eu não tinha jogado dessa maneira, mas ele tinham uma memória, já jogavam com três zagueiros. Única coisa foi que nós arriscamos bastante jogando praticamente num mano a mano atrás, mas são três bons zagueiros, dá para poder arriscar”, completou.
Rogério Ceni também voltou a exaltar os garotos formados nas categorias de base do clube. Mais uma vez, Igor Gomes,Gabriel Sara e Liziero foram destaques sob o comando do treinador.
“Não é só o Igor (Gomes). Repito mais uma vez o que eu disse aqui: nós temos ótimos jogadores, como o (Gabriel) Neves querendo uma oportunidade, o que é bom, mas Liziero, Sara e Igor Gomes o torcedor tem que ter orgulho, Cotia tem que ter orgulho de ter jogadores como esses. Não só pelo interesse que eles demonstram no dia a dia, pela boa vontade. Estão sempre dispostos a aprender, sempre escutando e se entregando. Os dois (Igor Gomes e Sara) nas duas pontas do tripé (de meio-campistas) são motivo de orgulho para o são-paulino porque deixam tudo dentro de campo, até a última gota de suor”, destacou.
“Acho que todo time é assim, mas eles representam muito esse novo momento do São Paulo. Meninos fora de série, são três jogadores importantíssimos. Todos são excepcionais como pessoa e atletas que vão crescendo e se tornando importantes. Uma pena que quando a gente vê um atleta surgir e começa a jogar tão bem é sinônimo de que futuramente você pode perde-lo. Mas seriam dois jogadores que eu não gostaria de perder para o ano que vem, Igor e Sara”, concluiu.
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